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Em coletiva com participação da Câmara, Prefeitura divulga atualização do Inquérito Sorológico de São Paulo

Por: DANIEL MONTEIRO - HOME OFFICE

9 de julho de 2020 - 15:06

Na manhã desta quinta-feira (09/7), em coletiva virtual on-line, a Prefeitura de São Paulo atualizou os dados do Inquérito Sorológico do município e anunciou novas medidas de combate ao novo coronavírus (causador da Covid-19) a serem implementadas na capital.

Participaram da coletiva o prefeito Bruno Covas (PSDB), o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Eduardo Tuma (PSDB), e os secretários de Saúde, Edson Aparecido, de Comunicação, Marcus Vinicius Sinval, de Governo, Rubens Rizek Jr., e a adjunta de Saúde, Edjane Maria Torreão Brito.

Na coletiva, o prefeito de São Paulo também falou sobre a atuação da Câmara durante a pandemia. “A Câmara Municipal tem colaborado de maneira especial, principalmente agora nesse momento de retomada da economia, no diálogo com os mais variados setores. Da mesma forma, colaborou com todos os projetos que nós enviamos desde o início da pandemia, para que a gente pudesse passar por esse período”, apontou Covas.

Já o presidente da Câmara, vereador Eduardo Tuma, reforçou a importância do diálogo entre Executivo e Legislativo para diminuir os impactos da pandemia no município. “Quero agradecer o trabalho conjunto que a Prefeitura vem fazendo com o Poder Legislativo que, mantendo sua independência, realiza um trabalho harmônico. A Câmara continua à disposição para deliberar projetos de lei que não só combatam a Covid-19 na cidade de São Paulo, como também adotem medidas econômicas em benefício do cidadão paulistano”, destacou Tuma.

INQUÉRITO SOROLÓGICO

Antes da apresentação dos dados, o prefeito Bruno Covas explicou que, devido aos resultados positivos obtidos pelo inquérito, a administração municipal deve ampliar a ação. “Inicialmente nós teríamos cinco fases: a fase zero já apresentada e mais quatro. Agora nós teremos nove fases, a fase zero e oito fases subsequentes, sendo hoje a apresentação dos resultados dessa primeira fase”, afirmou Covas.

De acordo com a Prefeitura, as informações da fase 1 do Inquérito Sorológico foram coletadas entre os dias 29 de junho e 6 de julho na cidade de São Paulo e apontam que 1,2 milhão de pessoas podem ter sido infectadas pela Covid-19 no município.

Segundo os dados apresentados na coletiva, para o levantamento foram visitados 5.772 domicílios em cada uma das áreas de abrangência das 472 unidades básicas de saúde do município e foram testadas 2.864 pessoas em 96 distritos da capital. Os resultados mostram, ainda, que a taxa de prevalência de infecções pelo novo coronavírus ficou em 9,8% da população analisada.

Em relação ao sistema de saúde público paulistano, hoje o município monitora 288.903 casos sintomáticos de pessoas com o novo coronavírus. Desses, 262.692 foram acolhidos pela Rede Básica. Também houve 157.449 altas e 4.635 encaminhamentos de pacientes para os hospitais de campanhas da cidade.

“O inquérito nos permite ter uma ter o conhecimento adequado da situação sorológica da população, a real letalidade da doença e direcionar e construir as estratégias com o momento que a pandemia se encontra no município, sobretudo no momento de flexibilização das atividades econômicas da cidade”, destacou o secretário de Saúde, Edson Aparecido.

DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS

De acordo com os dados da fase 1 do Inquérito Sorológico, o resultado apontou 14 regiões com maior número de casos suspeitos e confirmados de infecção pelo novo coronavírus: Brasilândia, Cachoeirinha, Jaçanã, Liberdade, Santa Cecília, Cidade Ademar, Jardim São Luís, Campo Limpo, Capão Redondo, Parque São Lucas, Sapopemba, Itaim Paulista, Itaquera e Lajeado.

O levantamento também apresentou um recorte do perfil sócio-demográfico das pessoas que estão imunes e das pessoas que tiveram contato com a doença na cidade de São Paulo. O inquérito mostra, por exemplo, que entre indivíduos na faixa etária de 35 a 49 anos a prevalência da Covid-19 se apresentou mais evidente.

O mesmo acontece com pessoas da raça parda; com indivíduos com renda nas faixas das classes D e E; em domicílios com 5 ou mais moradores acima de 18 anos; com pessoas que nunca praticaram as medidas de distanciamento social e com indivíduos que trabalham fora de casa em regime misto.

“Resumidamente, eles apontam que entre os indivíduos de maior pobreza, de maior vulnerabilidade, de menor escolaridade, de menor renda, de maior número de moradores por residência no município estão mais sujeitos à infecção pelo novo coronavírus”, enfatizou o secretário da saúde.

“Um dos dados que o inquérito mostra é que a taxa de infecção é três vezes maior na classe E do que na classe A. Eu volto a falar o que eu já disse em outras oportunidades: o vírus jogou luz na desigualdade social que nós temos na cidade de São Paulo. É inaceitável que ele seja três vezes mais perigoso na classe E do que na classe A”, completou o prefeito Bruno Covas.

AÇÕES

Na coletiva, a Prefeitura anunciou que, com base nos resultados obtidos na 1ª fase do Inquérito Sorológico, serão estabelecidas novas ações a partir da próxima segunda-feira (13/7), com o objetivo de controlar a disseminação do novo vírus nas áreas mais afetadas pela pandemia no município.

A principal medida é a ampliação dos testes sorológicos nos contatos domiciliares dos casos assintomáticos e dos casos suspeitos de Covid-19. O objetivo é promover o isolamento daqueles que tiveram contato com o vírus, mas não tem sintomas e podem transmiti-lo.

“Hoje são realizados, em média, cinco mil testes PCR por dia, além dos testes sorológicos e rápidos. Com essa ação, a testagem será ampliada com um acréscimo de 242 mil testes por mês. Dessa forma, podemos chegar a 400 mil testes mensais”, destacou o secretário municipal de Saúde.

PARQUES

A Prefeitura também anunciou que, a partir da próxima segunda-feira (13/7), 70 dos 108 parques do município serão reabertos. O decreto regulamentando a ação deverá ser publicado nesta sexta-feira (10/7).

De acordo com a Prefeitura, serão dois horários de funcionamento para os parques municipais. Os Parques do Ibirapuera e do Carmo, os maiores da cidade, funcionarão somente durante a semana, das 6h às 16h, enquanto os demais abrirão das 10h às 16h. Todos os parques fecharão aos finais de semana, para evitar aglomerações.

O uso obrigatório de máscara de proteção facial será obrigatório e a capacidade de público ficará reduzida a 40%, com o controle do fluxo feito por equipes de cada parque, nos portões de acesso.

Serão permitidas apenas práticas como caminhadas, corridas e pedaladas, sendo vedadas atividades em grupo, como piqueniques. Os bebedouros, quadras esportivas e parquinhos infantis seguirão lacrados. Já a atividade dos permissionários está autorizada, desde que sejam respeitadas as medidas sanitárias em vigência no município.

ACADEMIAS E AUDIOVISUAL

Ainda nesta quinta-feira, durante a coletiva, a Prefeitura anunciou que as academias e as atividades do setor audiovisual também poderão ser retomadas na próxima segunda-feira (13/7). “Amanhã deveremos assinar o protocolo com esses setores. Até amanhã teremos a minuta final com todas as regras que eles deverão observar, para que os dois setores também possam voltar a funcionar”, finalizou Covas.

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