Em reunião virtual nesta quinta-feira (13/8), os vereadores que compõem a Comissão Extraordinária de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo, do Lazer e da Gastronomia discutiram o futuro dos setores de eventos e turismo e os desafios para a retomada. Os trabalhos foram comandados pelo presidente da Comissão, vereador Rodrigo Goulart (PSD).
“Estamos buscando uma categorização dos tipos de evento que são realizados em São Paulo para que a gente possa ter uma liberação gradual, ou pelo menos, alcançarmos algum parâmetro para uma possível data de retorno das atividades.
Protocolos
Mesmo sem data definida para liberação, o Governo de São Paulo já anunciou algumas restrições que deverão ser seguidas. Os protocolos são válidos para atividades culturais e para eventos do setor comercial, como feiras e congressos e convenções.
Foram estabelecidas regras como ocupação máxima de 40% da capacidade do local, funcionamento máximo de 6 horas por dia, público sentado e assentos com distanciamento mínimo de 1,5 metro e uso obrigatório de máscara.
Impacto econômico
Para Marcelo Golfieri, diretor de buffets da Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil) a falta de definição de retorno do setor está causando um impacto terrível para os envolvidos.
“Eu acho que a liberação para todos os setores precisa seguir uma mesma linha. Se olharmos pelo ponto de vista da segurança e vigilância sanitária, não há motivos para que qualquer atividade que seja não tenha seu retorno imediato em sua plenitude”.
Opinião compartilhada por representantes de empresas que trabalham no segmento de turismo, como comentou Juliana Assunção, diretora de negócios da ABAV-SP (Associação Brasileira de Agência de Viagens de São Paulo).
“Para o turismo o cenário também é muito preocupante. Algumas áreas, como a da hotelaria, já abriram, mas ainda está tudo muito incerto. As vendas do setor estão praticamente zeradas, sem perspectivas de melhoria”, lamentou Juliana.
Retomada das atividades
Integrante da Comissão, a vereadora Soninha Francine (CIDADANIA) considerou a importância de uma definição pelo Executivo. A parlamentar também propôs a realização de uma Audiência Pública, em conjunto com a Comissão de Finanças e Orçamentos, para debater as demandas das categorias.
“Temos que insistir com as autoridades, que têm o poder de decisão, para que elas definam uma data. É um tipo de atividade que pode ter um acesso muito controlado, se compararmos com a liberação de funcionamento de igrejas e shoppings, por exemplo”, Soninha.
Fase Verde
O presidente da Comissão acredita que a capital deve passar para uma fase mais branda, no controle do isolamento social, já nos próximos dias. “Esperamos, em breve, alcançar a fase verde na cidade de São Paulo, assim conseguiremos ter o compromisso da Prefeitura para retomada das atividades dos setores de eventos e turismo em São Paulo”, finalizou Rodrigo Goulart.
Ao todo, 125 pessoas participaram remotamente da reunião. Para conferir todas as participações e a íntegra do debate, clique aqui.