Divulgados na noite da última terça-feira (17/11), resultados dos estudos clínicos da CoronaVac, mostram que a vacina é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos.
As informações sobre a vacina, em desenvolvimento pela parceria entre o Instituto Butantan, na capital paulista, e a farmacêutica chinesa Sinovac Life Science, foram publicadas pela revista científica Lancet Infectious Diseases. Os resultados, que contam com a revisão de diversos cientistas, são mais um passo para o desenvolvimento do imunizante.
O artigo científico apresenta dados que já eram de conhecimento do Instituto Butantan e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), uma vez que a partir deles foi possível aprovar o uso emergencial da vacina em mais de 50 mil pessoas na China e a realização do estudo de fase 3 no Brasil.
Em fase final de testes no Brasil, a CoronaVac é considerada uma das vacinas mais promissoras no mundo de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e vem sendo testada em sete Estados brasileiros, além do Distrito Federal.
Coordenado pelo Instituto Butantan, os testes envolvem 13 mil profissionais de saúde em 16 centros de pesquisa de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Até o momento, mais de 10 mil pessoas já receberam ao menos uma das duas doses da vacina ou placebo.
Para determinar a eficácia da CoronaVac, é preciso que 151 participantes que receberam a substância sejam contaminados pelo coronavírus. A partir desta amostragem, haverá a comparação com o total dos que receberam a vacina e, eventualmente, também tenham diagnóstico positivo de Covid-19.
Se o imunizante atingir os índices necessários de eficácia e segurança, deverá ser submetido à avaliação da Anvisa para registro e posterior uso em campanhas de imunização contra o novo coronavírus.
Mais sobre o novo coronavírus
Uma instrução normativa, publicada nesta quarta-feira (18/11) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Diário Oficial da União, definiu os procedimentos de submissão contínua de dados técnicos para o registro de vacinas contra o novo coronavírus no Brasil.
Em comunicado, a Anvisa também informou que foram dispensadas a análise de impacto regulatório e consulta pública para o registro devido ao grau de urgência da vacina e a gravidade da doença.
Segundo a agência, “a medida possibilitará acelerar a disponibilização à população brasileira de vacinas contra o novo coronavírus, desde que demonstradas qualidade, segurança e eficácia conforme os requerimentos técnicos e regulatórios vigentes”.
No procedimento de submissão contínua, os dados técnicos deverão ser encaminhados à Anvisa conforme forem gerados. Assim, as empresas interessadas no registro de vacinas não precisam ter em mãos todos os documentos reunidos para apresentá-los ao órgão regulador.
De acordo com a Anvisa, o procedimento será normatizado apenas para as vacinas contra o novo coronavírus a serem registradas no país. A agência ainda destaca que outras autoridades regulatórias de referência, como a dos Estados Unidos, da Europa, da Suíça e da China, já utilizam a submissão contínua em situações específicas.
Atuação do município
Segundo dados do boletim diário sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) publicado pela Secretaria Municipal da Saúde, nesta quarta-feira (18/11) a capital paulista contabiliza 14.066 vítimas da Covid-19.
Há, ainda, 387.228 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 548.979 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 571.157 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo nesta quarta-feira.
Em relação ao sistema público de saúde na Grande São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta quarta-feira, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 49,1%.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última terça-feira (17/11), foi de 41%.
Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Ações e Atitudes
Por conta dos efeitos colaterais provocados pela rotina moderna que envolve diversas atividades, obrigações e prazos a serem cumpridos em um curto período de tempo, como estresse, procrastinação, falta de foco e até mesmo ansiedade – situações acentuadas com a pandemia e o isolamento social -, a busca por técnicas que promovam a melhora da concentração e o relaxamento se tornam cada vez mais comuns.
Segundo explicam pesquisadores do Centro de Mindfulness e Terapias Integrativas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo), uma das mais procuradas é o mindfulness, uma prática que busca ampliar a atenção no momento presente.
O mindfulness pode ajudar durante o período de isolamento social e também durante o trabalho em home office. De acordo com os pesquisadores, sua prática auxilia na compreensão das mudanças, diminui a ansiedade e melhora o foco no trabalho, fatos que podem amenizar as dificuldades da quarentena e adaptação do trabalho em casa.
Além disso, os interessados em iniciar o mindfulness podem começar com pequenas pausas diárias para praticá-lo, através de atividades focadas na inspiração e na expiração. Práticas guiadas também facilitam bastante para os iniciantes – se possível, o ideal é que se tenha no início o auxílio de um instrutor.
Outro método que pode ajudar as pessoas a se adaptarem aos tempos atuais é o estilo de música lo-fi. Ouvida geralmente para relaxar e melhorar a concentração nos estudos, o lo-fi é caracterizado por batidas calmas, repetitivas e abafadas, na maioria das vezes sem voz, que tem ganhado destaque nas redes sociais, principalmente entre os mais jovens.
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