Sessão Pública define vencedores do 40º Prêmio Vladimir Herzog

André Moura/CMSP

DANIEL MONTEIRO
DA REDAÇÃO

Os vencedores do 40º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos foram definidos em Sessão Pública de Julgamento realizada nesta quinta-feira (11/10), na Câmara Municipal de São Paulo.

A comissão julgadora composta por 11 representantes definiu, entre 36 finalistas, os vencedores em seis categorias: Artes, Fotografia, Produção Jornalística em Áudio, Produção Jornalística em Multimídia, Produção Jornalística em Texto e Produção Jornalística em vídeo. A solenidade de premiação será realizada no dia 25 de outubro, a partir das 20h, no Tucarena, em São Paulo.

Na categoria Artes o vencedor foi “Marquinha”, de Brum, do jornal Tribuna do Norte, de Natal (RN); “Consumidos pela escravidão”, sequência de fotos Albari Rosa, da Gazeta do Povo, de Curitiba (PR), venceu na categoria Fotografia; a série de reportagens “Trans: o difícil caminho para a educação”, de Marcelo Henrique Andrade e equipe, da Rádio CBN, de João Pessoa (PB), levou a categoria Áudio; “UmaPorUma”, de Ciara Carvalho e equipe, do Portal NE10, de Recife (PE), ganhou a categoria Multimídia; “A Síndrome do Preconceito”, de Nathan Fernandes e equipe, da Revista Galileu, de São Paulo (SP), foi a ganhadora na categoria Texto; e “Defensores sob ameaça”, de Mariana Fabre e equipe, da TV Brasil, de Guará (DF), foi a vencedora da categoria Vídeo.

Receberam Menção Honrosa: “Tiro”, de Gilmar, da Rádio Peão Brasil, de Santo André (SP), na categoria Artes; “Guerra na porta de casa”, de Mauro Pimentel, da Agence France-Presse, do Rio de Janeiro (RJ) e “Nos braços do povo”, de Paulo Pinto, da Revista Exame, de São Paulo (SP), na categoria Fotografia; “Mulheres no cárcere”, de Danyele Soares e equipe, da Rádio Nacional, de Brasília (DF), e “Correntes Invisíveis”, de Queila Ariade e equipe, da Super Notícia FM, de Belo Horizonte (MG), na categoria Áudio; “Explorando o Arco Mineiro”, de Stefano Wrobleski e equipe, do InfoAmazonia e do Correo del Caroní, na categoria Multimídia; “Monstro, prostituta, bichinha”, de Amanda Rossi, da BBC Brasil, de São Paulo (SP), na categoria Texto; e “O mapa da fome no Brasil”, de Daniel Motta e equipe, da TV Record, na categoria Vídeo.

Considerada uma das mais significativas distinções jornalísticas do país, o Prêmio Vladimir Herzog, instituído em 1978 pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, está em sua 40ª edição consecutiva e reconhece trabalhos que valorizam a Democracia e os Direitos Humanos.

“O prêmio atinge 40 anos em um momento muito especial, no ano em que se comemoram 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o aniversário dos 30 anos da nossa Constituição Cidadã. E ele se consolidou como o principal prêmio jornalístico no Brasil por causa dos jornalistas, que ainda defendem um jornalismo crítico, um jornalismo ético, um jornalismo feito com critério. Ou seja, defendendo o bom jornalismo. Eu acho que é por causa desses jornalistas que o prêmio conseguiu conquistar essa importância e ele funciona como um bastião da democracia e dos maiores sonhos que os brasileiros ainda têm por justiça, liberdade e paz. Acho que esse é o principal sentido simbólico do prêmio”, destacou Ana Luisa Zaniboni Gomes, curadora do Prêmio.

“O prêmio tem uma história fantástica, uma história de promoção dos direitos humanos, da liberdade de expressão e, acima de tudo, da democracia. Eu acho que isso tem que ser valorizado e copiado”, ressaltou Nemércio Nogueira, diretor do Instituto Vladimir Herzog.

Em 2018, o prêmio teve 607 inscritos, sendo 46 em Artes, 95 em Fotos, 32 em Áudio, 94 em Multimídia, 215 em Texto e 125 em Vídeo. Nesta edição, o homenageado com o Prêmio Especial Vladimir Herzog será o jornalista e escritor Bernardo Kucinski.

Kucinski construiu uma trajetória importante como jornalista e professor universitário. Trabalhou em grandes veículos como Veja, BBC de Londres e The Guardian. Nos anos 1970, atuou nos semanários alternativos “Movimento” e “Em Tempo”. Fez carreira docente no Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da USP e foi assessor especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

André Moura/CMSP

Comissão julgadora do 40º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos

O Prêmio Vladimir Herzog é promovido e organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo; Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ; Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Conectas Direitos Humanos; Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – ABRAJI; Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil – UNIC Rio; Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP; Sociedade Brasileira dos Estudos Interdisciplinares da Comunicação – Intercom; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB Nacional; Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo, coletivo Periferia em Movimento, Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo e Instituto Vladimir Herzog.

Mais informações em http://www.premiovladimirherzog.org.br/

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