Comitê de Chuvas e Enchentes ouve especialistas em prevenção a desastres climáticos

André Moura/CMSP

Reunião do Comitê das Chuvas e Enchentes

LETÍCIA GOMES
DA REDAÇÃO

Em reunião na tarde desta quinta-feira (2/5), o Comitê de Chuvas e Enchentes da Câmara Municipal de São Paulo recebeu especialistas com o intuito de compreender as causas das fortes chuvas na cidade e conhecer o sistema municipal de prevenção e alerta a desastres climáticos.

Durante a reunião, o comitê ouviu o engenheiro Hassan Barakat, gerente do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), órgão da prefeitura paulistana, e a geógrafa Selma Prado, especialista em massas de ar.

Segundo a geógrafa, São Paulo está em uma região onde se concentra o calor característico da zona próxima ao Trópico de Capricórnio, especialmente no Verão. Como as massas de ar se movimentam sempre das áreas mais frias para as mais quentes, é na capital paulista que ocorre a maior incidência de tempestades.

“São Paulo é o único estado da federação aonde chegam quatro massas de ar. Uma parcela significativa delas é de massas úmidas. Por terem naturezas distintas, quentes e frias, aumenta a quantidade de tempestades sobre a cidade. E isso é potencializado porque a cidade está cada vez mais quente, por conta da interferência do homem”, explicou Selma Prado.

Na sequência, Barakat apresentou informações sobre o CGE, órgão responsável por monitorar as condições meteorológicas com objetivo de minimizar os transtornos provocados pelas chuvas. Segundo ele, estão cada vez mais precisas as formas de previsão usadas pelo CGE para alertar a população e as autoridades sobre riscos de alagamentos e enchentes.

“O grande ganho desse encontro foi esclarecer algumas dúvidas sobre essas questões das chuvas. E também oferecer a oportunidade para que os vereadores possam visitar o CGE para conhecer melhor o trabalho que desenvolvemos para a cidade de São Paulo”, disse Barakat.

O presidente do comitê, vereador Gilberto Natalini (PV), apesar de considerar a cidade bem equipada, fez algumas ponderações. “O fato de o CGE funcionar não significa que São Paulo esteja preparada para receber as fortes chuvas”, afirmou o vereador. “Ainda tem o problema de obras para conter enchentes e deslizamentos, e nisso a cidade está bastante defasada”, afirmou Natalini.

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