Presidente da Câmara recebe comitiva do MTST

Luiz França/CMSP

Representantes do MTST são recebidos na presidência da Câmara

MARIANE MANSUIDO
DA REDAÇÃO

Na tarde desta terça-feira (7/5), o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Eduardo Tuma (PSDB), recebeu uma comitiva do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) para dialogar sobre as demandas de habitação na capital paulista. O grupo foi liderado por Guilherme Boulos, um dos coordenadores do movimento.

Centenas de militantes se aglomeraram em frente ao Palácio Anchieta, sede da Câmara, em uma das ações da Jornada Nacional de Luta por Moradia, iniciativa popular organizada por vários movimentos nesta terça-feira (7/5), em várias cidades do Brasil, para protestar contra o corte de recursos em programas habitacionais financiados pelo governo federal.

 

Após o encontro com Boulos, o vereador Eduardo Tuma acompanhou a comitiva até a manifestação, em frente ao Palácio Anchieta. Também estiveram presentes à reunião os vereadores Eduardo Suplicy (PT) e Juliana Cardoso (PT).

 

Em discurso aos manifestantes, Tuma disse que a luta por moradia é uma preocupação dos vereadores e da administração municipal. “A prefeitura tem se empenhado em entregar unidades de Habitação de Interesse Social. O papel da Câmara Municipal será o de aprovar alguma lei que seja proposta pelo Poder Executivo, ou que seja deliberada pelo próprio Legislativo, para garantir a continuidade do programa de moradia na cidade”, declarou Tuma.

O principal tema da reunião com a liderança do MTST foi a ocupação Vila Nova Palestina, próxima ao Parque Guarapiranga, no extremo sul da cidade. Pelo menos 8 mil pessoas estão cadastradas na ocupação, uma das maiores do movimento.

Segundo Boulos, a solução para a demanda por moradias não pode depender somente de recursos federais. “Em algumas áreas viáveis da cidade, podemos implantar o programa de lotes urbanizados, buscando opções que contem com subsídio municipal. Precisamos pensar em outras medidas para criar habitação, que não dependam de recursos do Minha Casa, Minha Vida”, afirmou o coordenador do movimento.

Boulos também destacou a ocupação Marielle Vive, localizada em Pirituba, na zona norte da cidade, onde vivem 3 mil famílias. Para a construção de moradia popular na área, será necessário alterar a Lei de Zoneamento, por isso, o MTST reivindica a criação de um projeto de lei específico.

Também em discurso ao movimento, Boulos destacou o apoio da Câmara e anunciou a reunião que terá amanhã com o prefeito Bruno Covas, para discutir um projeto que amplie a construção de habitação popular.

Segundo a vereadora Juliana Cardoso, a partir de agora, os movimentos de moradia da capital reivindicarão mais compromisso do município. “Essa manifestação de hoje é para acelerar os projetos que tramitam aqui, como o Plano Municipal de Habitação. Além disso, que a moradia tenha mais orçamento e que terrenos públicos sejam destinados à construção de habitação popular”, disse Juliana.

O vereador Celso Giannazi (PSOL) também participou da manifestação.

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