Alvo da violência na periferia tem cor e classe social, diz estudante

 A violência contra os jovens da periferia foi debatida nesta quinta-feira em reunião extraordinária da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos da Câmara realizada no Parque Edu Chaves, bairro da na zona norte de São Paulo .

Entre os presentes à sessão estava Rossana Rodrigues, mãe de Douglas Rodrigues — conhecido como Douglinhas —, 17 anos, morto por um policial militar no final do ano passado, em ação classificada pela PM como acidental. Ele tinha sonhos, tinha planos, e o policial arrancou o sonho do meu filho, os meus sonhos e os da minha família, desabafou.

Douglinhas foi mais uma das vítimas da violência na periferia, que nos últimos 30 anos cresceu mais de 200% na Capital, segundo dados da comissão. Os números alarmantes e o caso do rapaz assassinado levaram o vereador Laércio Benko (PHS) a convocar a reunião.Supondo que a arma que matou Douglas estivesse com defeito e disparado sem querer, acidentalmente, ela estava apontada em ângulo de 45 graus, e não de 90, como deveria. Isso mostra como eles (PM) atuam na periferia da cidade, disse.

A dirigente da Casa de Caridade Três Marias, Clélia Gomes, disse que os jovens da região são alvos fáceis para o crime. Imagine que somos um bairro que não tem investimentos há mais ou menos 20 anos. Hoje não temos um lugar onde esses jovens possam praticar um esporte. Não temos um espaço onde os jovens possam ter uma oportunidade diferente das drogas, disse.

O jovem que é alvo da polícia aqui tem cor e classe social: são negros e pobres em sua maioria, afirmou o estudante Marco Aurélio Moura, morador do bairro.

(21/03/2014 – 15h33)

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