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Uma audiência pública pelo direito das pessoas com deficiência intelectual foi realizada nesta sexta-feira. O evento, realizado pela deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), foi trazido à Câmara Municipal pelo vereador Andrea Matarazzo (PSDB).

A deputada explicou que a proposta do debate foi discutir acessibilidade na educação e trabalho, pontos que ainda estão em falta. Temos ainda um modelo assistencialista e paternalista, com a palavra de ordem dada sobre nós, sem nós. Ao mesmo tempo, Mara abriu espaço para críticas e sugestões ao Estatuto para Pessoa Com Deficiência, projeto do qual é relatora no Congresso.

Para Andrea, é preciso mostrar que deficiências não impedem pessoas de terem papel importante na sociedade. Todo mundo quer ter uma vida ativa e para qualquer pessoa ter atividade é desenvolvimento, completou.

Carla Bernardi foi uma das inscritas que falou sobre a inclusão na educação. Sua filha, deficiente intelectual, está no ensino superior e enfrenta dificuldades para ter provas acessíveis, entre outros problemas. A sociedade está infinitamente se preparando, mas não dá para esperar.

As dificuldades que os pais de deficientes intelectuais enfrentam também foi tema da audiência. Andrea Cestari, funcionária do Tribunal de Justiça, contou que sofre assédio moral no trabalho e pensa em pedir exoneração. Mãe de uma menina de sete anos com Síndrome de Down, ela disse que não consegue conciliar a jornada com as terapias que a filha precisa. Mais de 70% das mães se dedicam exclusivamente a filhos com necessidades especiais, mas não é melhor manter o cuidador trabalhando, fazendo alguma coisa, em vez de deixá-lo viver à custa do Estado?, questionou. (Thais Lancman)

(20/09/2013 – 18h)