Comitê Emergencial de Crise da Educação recebe representantes do Movimento Escolas Abertas 

Na tarde desta quinta-feira (25/3), o Comitê Emergencial de Crise da Educação, vinculado à Comissão de Educação, Cultura e Esportes, realizou a segunda reunião virtual de 2021. O debate que foi conduzido pelo presidente da Comissão, o vereador Eliseu Gabriel (PSB).

Crise da Educação: Informações sobre Covid-19 nas escolas

Rosana Borges, diretoria SINESP (Sindicato Especialistas Ensino Público São Paulo), falou sobre apontamentos divergentes aos dados repassados à Comissão de Educação pelo secretário municipal da Educação, Fernando Padula, em reunião de 17/3, inclusive sobre a discordância dos dados apresentados pelo Executivo referentes ao número de mortos e contaminados pela Covid-19 nas unidades escolares da capital.

“Temos informações muito diferentes das apresentadas pelo secretário em reunião da Comissão de Educação. Gostaríamos que ele participasse de uma reunião com o Comitê urgentemente”.

Escolas Abertas

O médico pediatra Paulo Teles, falou sobre a importância da abertura das escolas, mesmo em período de pandemia, apresentando dados sobre o assunto. O médico faz parte do Movimento Escolas Abertas. “Sabemos que as escolas são seguras, sim, com protocolos. As crianças transmitem o vírus de três a cinco vezes menos que os adultos. Elas têm uma taxa de óbito baixa, com menos complicações e internações”, argumentou o pediatra na defesa da continuidade das atividades escolares.

Lana Romani, outra integrante do Movimento Escolas Abertas, acredita que seja positivo o retorno às atividades escolares. “Eu acredito que existem escolas que estão prontas e escolas que não estão prontas para receber os alunos”.

Representantes dos profissionais da educação

Valdinei Santos, representante do coletivo Avança QA (Quadro de Apoio), discordou do posicionamento. “Os alunos podem até ter consequências menores pela Covid, mas eles transmitem. Ao falar que as pessoas morrem menos, eu gostaria de saber quem é que quer estar dentro deste ‘menos’. Nós não queremos nem o menos e nem o mais. Queremos ter o direito de viver,” disse Valdinei.

“Nós elaboramos um documento em conjunto com vários movimentos, apontando quais as ações que deveriam ser feitas junto à Secretaria de Educação para que tivéssemos um retorno as aulas presencias com mais garantias”, lembrou Maciel Silva Nascimento, do SINDSEP (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo).

Posicionamento dos vereadores

Para o vereador Celso Giannazi (PSOL), “Educação é essencial para combater as profundas desigualdades da sociedade, mas temos que ter responsabilidade para com a vida dos profissionais da educação, dos alunos e das pessoas das comunidades escolares”.

A vereadora Cris Monteiro (NOVO) também defende o retorno das atividades escolares. “Eu não vou deixar de falar sobre as escolas abertas e vou continuar representando quem eu acredito”, comentou.

Outra parlamentar que se posicionou favorável às atividades foi a vereadora Sonaira Fernandes (REPUBLICANOS). “Eu sou uma defensora das escolas abertas, sim, mas com responsabilidade”, disse.

Para o vereador Eduardo Suplicy (PT), a segurança é primordial. “Eu sou a favor de aulas apenas com muita segurança e que todos os servidores da educação sejam vacinados”, disse o parlamentar.

“Cada escola tem uma realidade e o Comitê propôs uma reforma nas escolas durante todo ano de 2020. Todos que estão aqui, trabalharam por isso durante todo tempo”, finalizou o vereador Eliseu Gabriel (PSB).

Clique aqui e assista à íntegra da reunião.

KAMILA MARINHO
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