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A Câmara Municipal aprovou nesta terça-feira o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 6/2013, do vereador Coronel Telhada (PSDB), que homenageia a Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar). A matéria recebeu 37 votos favoráveis, 15 contrários e uma abstenção.

A proposta foi aprovada após muita discussão no Plenário. Essa foi a quarta tentativa da Câmara votar a concessão da Salva de Prata à Rota. Para o autor do projeto, que foi comandante do batalhão entre 2009 e 2011, os policiais da organização mereciam essa homenagem. Os homens da Rota são preparados  e não têm medo do crime, eles chegam junto. Quem conhece bem o trabalho deles, sabe o quanto é importante. A Rota é formada por heróis e merece esse prêmio, defendeu Telhada.

O vereador Conte Lopes (PTB), durante sua fala na tribuna, elencou alguns motivos para a homenagem ao batalhão. A Rota é uma das melhores polícias do mundo e é especializada e treinada para combater o crime, destacou.

Em nome da bancada do PT, a vereadora Juliana Cardoso afirmou que o partido seria contra a proposta. Votaremos contra esse projeto. A Rota, ainda hoje, continua indo até as periferias e acabando com a nossa juventude, principalmente a negra, declarou.

Os vereadores Orlando Silva (PCdoB) e Toninho Vespoli (PSOL) também se manifestaram contrários. Eu me recuso a somar para homenagear a Rota porque, quando caminho pela periferia, ouço a juventude pobre e negra dizer que tem medo desses policiais, afirmou Orlando Silva. Vespoli deixou claro que repudiava a homenagem.

Ricardo Young (PV) sugeriu que a proposta saísse da pauta da sessão: Não há consenso da Casa para essa homenagem e a Câmara está parada há duas semanas. Para resolver isso, o projeto deveria ser retirado.

Manifestações – Durante o debate do PDL 6/2013, grupos contrários e favoráveis, que acompanhavam a sessão nas galerias, demonstraram seus posicionamentos de acordo com o discurso de cada parlamentar. Seguindo o previsto no artigo 378 do Regimento Interno da Câmara Municipal, o presidente José Américo (PT) solicitou à assessoria militar a retirada das pessoas que interromperam o pronunciamento dos vereadores. Após conversa com o vereador Reis (PT), todos retornaram e puderam acompanhar o término da votação.

Sonia Mele/CMSP

(03/09/2013 – 18h18)