Mortes por Covid-19 diminuem em 93% no Estado de São Paulo

KAMILA MARINHO
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Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (3/11), o governo de São Paulo anunciou que nesta terça-feira (2/11), o Estado registrou queda de 93% nas mortes por Covid-19 se comparado ao início de abril de 2020. Outubro foi o mês com menos óbitos provocados pelo coronavírus desde o início da pandemia.

Nesta terça, a Secretaria de Estado da Saúde computou 62 mortes por Covid-19 em São Paulo. O registro verificado no último dia 1º de abril de 2020 foi de 890 pacientes infectados pelo novo coronavírus que não resistiram à doença.

O avanço da vacinação em São Paulo é decisivo para a queda expressiva de mortes causadas pela Covid-19 no Estado. A proporção da população adulta com esquema vacinal completo saiu de 3,6% em 1° de abril deste ano para 88% até o início da tarde desta quarta.

A ampla cobertura vacinal em São Paulo também resultou no total mensal mais baixo de mortes por Covid-19 dos últimos 18 meses. Dados do Ministério da Saúde, que contabiliza óbitos pela doença em todo o país, registram 2.192 mortes em São Paulo em outubro – antes, o menor registro era o de abril de 2020, com 2.239 óbitos.

No total, São Paulo tem hoje 152.098 mortes e 4.407.756 casos de Covid-19. Destes, 4.237.381 tiveram a doença e já estão recuperados, incluindo 455.740 que foram internados e receberam alta hospitalar. A taxa de ocupação dos leitos de UTI no Estado é de 25,94% e na Grande São Paulo é de 34,9%.

O governo também anunciou durante a coletiva que a Secretaria de Estado da Saúde irá oficiar a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) solicitando urgência para a autorização do início da vacinação de crianças entre 5 e 11 anos de idade. A imunização desta faixa etária já começou em outros países do mundo, incluindo a Argentina, o Chile e a Colômbia, na América Latina.

Integrantes da equipe de Saúde do Estado de São Paulo participaram de uma reunião técnica nesta quarta com profissionais do Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Na pauta foi discutida a inclusão do novo público na campanha de imunização.

Vacinômetro

O Estado de São Paulo aplicou até o início da tarde desta quarta-feira (3/11), mais de 72 milhões de doses. 83% da população já foi imunizada com pelo menos uma dose da vacina e 68,50% têm o esquema vacinal completo. Nesta semana, todos os adolescentes já podem procurar o posto de vacinação mais próximo da sua residência para tomar a segunda dose e ficar totalmente imunizado.

Calendário escolar 2022

O calendário definido pela Secretaria de Educação para o ano letivo de 2022 em toda a rede estadual de ensino foi detalhado pelo governo estadual nesta quarta. As aulas para cerca de 3,5 milhões de alunos ocorrerão entre 2 de fevereiro e 23 de dezembro, nas 5400 escolas mantidas pelo Governo de São Paulo nos 645 municípios do Estado.

Para o ano que vem, o calendário prevê recessos ao final do primeiro e terceiro bimestres. As férias serão mantidas nos meses de julho e janeiro. Também estão previstos dois períodos para recuperação nas férias entre 4 e 21 de janeiro e 11 e 22 de julho.

As Semanas de Estudos Intensivos continuam em momentos-chave de cada bimestre para reforçar, recuperar e aprofundar as aprendizagens essenciais para o percurso educacional dos estudantes. O calendário prevê ainda as datas para os conselhos de classe bimestrais e reuniões de planejamento/replanejamento e formação.

O governo de SP mantém um total de 5400 escolas e atende a cerca de 3,5 milhões de alunos nos 645 municípios do Estado. A rede estadual conta atualmente com 1.077 escolas no PEI (Programa de Ensino Integral) e para 2022 estão previstas mais 953 unidades, totalizando 2.030 escolas deste modelo.

Serão mais de 1 milhão de vagas em tempo integral a partir de 2022. Assim, a rede estadual de SP irá antecipar e superar em dois anos a meta 6 do Plano Nacional da Educação de ter 25% dos alunos em tempo integral até 2024.

Confira abaixo as principais datas:

– Recuperação nas férias: entre 4 e 21 de janeiro
– Início do ano letivo: 2 de fevereiro
– Período primeiro recesso (fim do primeiro bimestre): entre 18 e 22 de abril
– Período das férias (fim do segundo bimestre): entre 11 e 25 de julho
– Recuperação nas férias: entre 11 e 22 de julho
– Período segundo recesso (fim do terceiro bimestre): entre 10 e 14 de outubro
– Encerramento do ano letivo: 23 de dezembro

Calendário por bimestre:

– 1º bimestre: 2 de fevereiro a 14 de abril
– 2º bimestre: 25 de abril a 8 de julho
– 3º bimestre: 26 de julho e 7 de outubro
– 4º bimestre: 17 de outubro a 23 de dezembro

Mais sobre o novo coronavírus 1

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta quarta-feira (3/11), a capital paulista totalizava 38.774 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.538.329 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta quarta (4/11), é de 35,7%.

Até a última segunda-feira (1/11), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 41%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Mais sobre o novo coronavírus 2

Os testes clínicos de um medicamento da Pfizer contra a Covid-19 começaram a ser feitos no Brasil. A pesquisa utiliza a molécula PF-07321332, um antiviral da classe dos inibidores de protease. Segundo a farmacêutica, o remédio, administrado via oral, já mostrou potencial para ser utilizado contra o novo coronavírus.

Mais de 20 centros de pesquisa brasileiros fazem parte dos estudos clínicos de Fase 2 e 3. Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo têm instituições que farão os testes. Para participar do estudo é necessário ter mais de 18 anos.

A Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) é uma das que realiza os testes. Segundo a instituição, o tratamento é feito com duas doses diárias do composto PF-07321332 associado ao ritonavir por cinco dias seguidos. O ritonavir é usado para aumentar o nível da droga ativa. O acompanhamento terá duração de 24 semanas, com três visitas presenciais no primeiro mês e as demais consultas feitas por telefone.

A molécula que está sendo estudada foi aprovada na Fase 1, que testa segurança e tolerabilidade em humanos. Considerando os resultados já obtidos, incluindo a fase pré-clínica, com testes in vitro, a Pfizer desenvolve agora três estudos pivotais, randomizados, duplo-cego e controlados por placebo.

Os testes envolvem, portanto, três tipos de pacientes: não vacinados ou vacinados com suspeita e/ou diagnóstico de Covid-19 e com baixo risco de desenvolver doença grave; estudo em pacientes não vacinados com suspeita e/ou diagnóstico de covid-19 e com alto risco de desenvolver doença grave; e estudo em pessoas não vacinadas cujos contatos domiciliares estão com Covid-19.

Para serem realizados no Brasil, os estudos são previamente aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), além dos Comitês de Ética dos centros de pesquisa participantes.

*Ouça abaixo a versão podcast do boletim Coronavírus desta quarta-feira

1ª edição

2ª edição

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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