Os desafios do PME: ensino integral

pme-_ensino_integralRAFAEL CARNEIRO DA CUNHA

O conceito de educação integral é compreendido de forma errada. Ele não é uma modalidade de ensino, mas um novo paradigma, seja em relação ao currículo ou à prática. É o que defende Agda Sardenberg, coordenadora executiva da Associação Cidade Escola Aprendiz. A confusão se dá principalmente com ensino em tempo integral, que é a ampliação da carga horária sem modificação do modelo de ensino.

Miguel Arroyo, pesquisador e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), acredita que o ser humano é complexo, formado por conhecimento, cultura, identidade, memórias, valores, imaginação e ética. O papel da educação seria dar conta de tudo isso, e a educação integral se preocupa exatamente com este indivíduo, colocando-o no centro, compreendendo as suas necessidades, e utilizando de outros atores que o cercam, como os diversos espaços que ele frequenta em seu bairro.

Segundo Agda, esse paradigma de educação propicia algo que uma instituição sozinha não consegue, pois pensa um currículo integrado. Ela parte de um projeto educacional e torna o aluno e os diversos atores participantes ativos do processo. Ainda de acordo com a coordenadora, o PME propõe estratégias que dão conta dos elementos presentes na educação integral. Uma delas é a autonomia das escolas para pensar a própria realidade e seus projetos pedagógicos.

(15/08/2014 – 12h54)

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