PDE: para arquiteta, o poder público abre mão de controlar adensamento

Luiz França / CMSP
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“É uma situação grave. Ao longo dos eixos de transporte, como corredores de ônibus e linhas de metrô, o poder público quer abrir mão do seu dever de controlar a fiscalização de uso e controle do solo e quem está adorando isso são as construtoras”, afirmou a urbanista Lucila Lacreta.

Lucila se refere a um dos principais pontos da revisão do Plano Diretor Estratégico, que são os incentivos dados para construir a um raio de 200 metros dos corredores de ônibus e 400 metros das estações metroviárias, ampliando assim os limites de adensamento populacional.

A urbanista, que participou na manhã desta quinta-feira (22/5) de uma roda de conversa sobre o PDE na Câmara, tomou como exemplo a avenida Heitor Penteado, onde está situada a estação Vila Madalena do metrô. “Esse adensamento vai ser extremamente prejudicial ao bairro, pois o mercado imobiliário vai construir o que quiser ali. É uma questão importante e que não podemos negligenciar”, ressaltou.

Já para Emiliano Affonso Neto, presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos do Metrô, adensar junto às linhas de transportes estruturadores é importante, mas é preciso que os empregos também estejam onde a população mora.

Proponente da roda de conversa, o vereador Natalini (PV) disse que ficou satisfeito com o resultado da discussão. Segundo ele, o objetivo principal, que era ouvir a opinião de especialistas e tirar dúvidas sobre o Plano Diretor, foi cumprido. “Foi muito bom reunir nesta tarde diferentes opiniões, que apesar de divergentes, vêm de pessoas que têm uma única missão: melhorar a cidade de São Paulo”.

Participaram ainda da roda de conversa os vereadores Mário Covas Neto (PSDB) e Toninho Vespoli (PSOL). (Da Redação)

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