Plataformas on-line que vendem suplementos alimentares serão investigadas pela CPI da Pirataria

Richard Lourenço | REDE CÂMARA SP

Reunião da CPI da Pirataria desta quarta-feira (16/11)

FELIPE PALMA
DA REDAÇÃO

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pirataria recebeu nesta quarta-feira (16/11) o secretário-executivo da Prefeitura de São Paulo, Fábio Lepique, e o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Integralmédica Suplementos, Gustavo Costa. A presença da empresa de suplementos nutricionais era fundamental segundo os parlamentares dadas as denúncias de que produtos desta natureza e, sem procedência, estão sendo vendidos em diversas plataformas on-line.

Durante o depoimento como colaborador, Gustavo Costa afirmou ser possível identificar se o suplemento vendido é original ou não. “Podemos verificar os produtos por meio dos lotes e se a fórmula inclui a creatina (item único na fórmula do produto final). Conseguimos ter a certeza da presença ou ausência do insumo e se ele foi adulterado”. O aumento nos casos de adulteração de suplementos se deve aos valores da substância que teria aumentado entre 60 a 80% este ano, pontuou o representante da Integralmédica.

O gerente jurídico da empresa, Alex Silva, explicou que a falsificação destes produtos é uma preocupação antiga da companhia. “A empresa vem há anos denunciando produtos irregulares vendidos em sites como a Shopee, Mercado Livre e OLX. Temos o total interesse em saber a procedência dos produtos que levam nossa marca”, completou.

A CPI da Pirataria comprou alguns suplementos no Mercado Livre para investigar a procedência e compará-los durante o depoimento dos representantes da Integralmédica. Os vereadores Camilo Cristófaro (AVANTE), presidente da CPI da Pirataria, e Adilson Amadeu (UNIÃO), vice-presidente da CPI, solicitaram um laudo técnico da polícia científica sobre os produtos adquiridos.

Camilo Cristófaro comentou que os produtos originais possuem preços distintos dos que foram comprados na plataforma. “Os produtos que avaliamos aqui são vendidos entre R$ 180 e R$ 350, enquanto nas plataformas custam R$ 35. Ou seja, as pessoas estão consumindo veneno”.

A CPI ainda contou com a participação de Fábio Lepique, secretário-executivo do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Ao ser questionado sobre o trabalho que faz no combate à pirataria explicou que “a base da secretaria é voltada na apreensão de produtos com altos valores, como: peças de vestuário, calçados, bolsas, cigarros eletrônicos”.

Outros destaques

O vereador Adilson Amadeu comentou o roubo de produtos apreendidos em um galpão da Subprefeitura Mooca no último domingo. “Fico analisando aquilo que acontece nas Subprefeituras. Não é a primeira vez que entram neste galpão de mercadorias apreendidas. Quem comanda lá é coronel, o local tem câmera de segurança. Pessoal tem que esclarecer a esta CPI o ocorrido, isso não pode ser rotineiro após as apreensões. Até porque os produtos voltam para o mercado”, concluiu o vereador.

Já Camilo Cristófaro ressaltou a operação da Receita Federal no início do mês de novembro realizada no centro de São Paulo, principal reduto comercial de produtos sem origem na cidade. De acordo com órgão, a ação, ainda em andamento, é tida como a maior já realizada pela Receita no combate de produtos introduzidos ilegalmente no país. O valor das mercadorias apreendidas pode chegar a R$ 1 bilhão.

A reunião que pode ser conferida neste link contou também com a participação dos parlamentares Isac Félix (PL), relator da CPI da pirataria, Gilson Barreto (PSDB) e João Jorge (PSDB).

 

 

Uma Contribuição

Wesley de Souza

A loja Americana parece nao se incomodar com seus parceiros q vendem pirataria, Pois comprei um suplemento de articulaçao e descobri ser pirata , devolví mas a empresa continua lá, c ctza a LA soube o motivo da devolução

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