PL que dá subsídio aos servidores divide a categoria

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Audiência pública da Comissão de Administração Pública realizada nesta quarta-feira, na Câmara       Foto: Luiz França / CMSP

LEANDRO CHAVES
DA TV CÂMARA

A remuneração dos servidores públicos por meio de subsídio dividiu a categoria nesta quarta-feira, em audiência pública que debateu o Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município, apresentado pelo prefeito Haddad.

De acordo com as alterações sugeridas pelo Executivo, será estabelecido um novo critério para o cálculo dos adicionais por tempo de serviço, hoje feito com base no quinquênio e na sexta parte dos vencimentos.

O plenário da Câmara, onde estava sendo realizada a discussão promovida pela Comissão de Administração Pública, foi tomado por servidores de diversas autarquias, que fizeram questão de manifestar suas posições sobre o projeto.

As nossas condições de trabalho são terríveis, e o que a gente recebe de remuneração é um absurdo. Nós queremos o subsídio, porque ele vai valorizar nossa categoria e garantir um futuro para a gente, explicou o servidor Fábio Gomes Rocha.

Já a bióloga Ama Maria Brisque defendeu que é necessário uma valorização dos servidores, um reconhecimento pela experiência. O quinquênio e a sexta parte refletem o tempo que as pessoas estão trabalhando. O subsídio não nos dá nenhuma garantia de reajuste, disse.

Os funcionários da área de saúde reclamaram dos baixos salários e se mostraram favoráveis ao projeto. O Hospital do Servidor Público Municipal foi várias vezes citado durante o encontro, e os funcionários acreditam que a remuneração com subsídio poderá recuperá-lo. É mais ou menos uma luta de quem ganha bem contra quem ganha mal. Muitas das pessoas que são contra o subsídio têm salários altos. Nosso salário base é de R$ 725. Eu não consigo pagar meu aluguel sem ter outro emprego, disse o agente de zoonose Paulo Soares.

O diretor do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEM), Florian Marin, criticou a proposta. A mudança da Lei Orgânica abre um precedente perigoso. O servidor, que no primeiro momento pode acreditar que terá um volume maior de dinheiro no banco, terá um grande problema a médio prazo, quando for se aposentar, momento em que ele mais precisará do valor que recebe hoje

O presidente da Comissão de Administração Pública, vereador Mário Covas Neto (PSDB), classificou a reunião como uma clara divisão de interesses. Eu acho compreensiva a posição dos dois lados, tanto do servidor que ganha pouco quanto daquele que se preocupa com as consequências de um subsídio que não será incorporado ao salário final. Mas precisamos discutir e buscar um entendimento, disse.

(05/11/2014 20h18)

Uma Contribuição

Maria cristina ribeiro

Voces estão , como o programa do chico
Querem que os pobres se explodam, ou seja continuaam se explodindo , principamente os que trabalham como na prefeitura com salario micho de um salario e meio, conclusão moro mau , como mau , vivo mau e ai?

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