Audiência discute taxa para compra de ingressos pela Internet

LEANDRO CHAVES
DA TV CÂMARA

Ir ao teatro, shows, cinemas e partidas de futebol ficou mais fácil após a possibilidade de comprar ingressos pela internet. Mas a cobrança das taxas de conveniência na compra vem gerando reclamações dos consumidores.

Os principais representantes das empresas que fornecem o serviço se reuniram nesta quarta-feira, durante a audiência pública da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia da Câmara para debater o assunto.

“Acho que a gente vai conseguir encontrar um equilíbrio, de maneira a preservar uma boa atuação do segmento, dos empresários, e oferecer aos consumidores um preço e manter uma qualidade compatível do serviço”, defendeu o presidente da associação brasileiras das empresas de vendas de ingresso, Maurício Aires.

“O consumidor acha que ele está pagando mais sobre o ingresso, e não é a verdade. Ele está pagando pelo serviço para adquirir o ingresso. Ele pode ir à bilheteria e adquirir normalmente, sem pagar esse custo adicional nenhum. Então às vezes ele confunde o produtor do evento, que é o cara que traz o espetáculo, e acha que ele também está ganhando esse valor, e não é isso”, explicou Fábio de Menezes, fundador da Ticket 360.

O vereador Marco Aurélio Cunha (PSD), que presidiu a audiência e é um dos autores do projeto de lei que visa regulamentar a cobrança da taxa de conveniência e custo de entrega, disse que hoje as taxas variam de acordo com a empresa e o espetáculo.

“Existe uma série de serviços e de diferenças de procedimentos em determinadas situações. Se são shows maiores, menores, cinemas, cantores, futebol… tudo isso tem uma lógica diferente. Nós não podemos ter tanta diferença de procedimento de cobrança, mas podemos adequar uma lei que possa favorecer o cidadão e ao mesmo tempo não prejudicar o investimento que essas empresas fazem em tecnologia”, disse o vereador.

“Nós trabalhamos com um modelo de cobrança do serviço baseado na taxa de conveniência no valor da compra. Essa taxa é variável e pode chegar a 20%, e com isso ela fica democrática, ou seja, aquele ingresso mais barato  para atingir a um público com condições financeiras menores. Ele vai pagar a proporcionalidade daquela compra”, disse Kátia Latuf, diretora comercial da Ingresso Rápido.

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