De acordo com a psicanalista Luciana Saddi, as pessoas estão “industrializando seus corpos”, e isso é um dos males que resultam em transtornos alimentares. “É como se o corpo não fizesse mais parte do homem. Ele serve para ser contemplado, como se pessoa o admirasse de longe, e como uma máquina, que pode ser modificada a qualquer momento”, disse.

A relação entre moda e corpo também foi abordada durante a palestra. Para a psicanalista Miriam Tawil, “as adolescentes se espelham nas modelos das passarelas e isso acaba gerando um conflito de identidade, o que deixa a autoestima baixa”.

Luciana ainda apontou “o bombardeamento de imagens de mulheres perfeitas como motivo para que outras pessoas acreditem que somente sendo assim é que se pode ser desejada e ter poder”.

A estudante de psicologia Gabriela dos Santos Ferraz, que veio à Câmara Municipal para assistir à palestra, comentou que não é raro encontrar pessoas com distúrbios alimentares hoje em dia. “Por isso vim aqui para entender um pouco mais sobre este assunto”.

(18/10/2011 – 17h12)