JOSY BITTENCOURT
DA TV CÂMARA

A maior cidade do país quer se tornar referência no plano de mobilidade urbana, um desafio que cresce na mesma velocidade da frota. O assunto foi discutido nesta quarta-feira, durante audiência pública da Comissão de Trânsito e Transporte da Câmara.

“Se nós avançarmos mais na construção de metrô e de trilhos que desafoguem um pouco os ônibus vamos melhorar com certeza. Isso é, vamos ter essa composição também com o não motorizado” disse Josias Lech, coordenador executivo do PlanMob (Plano de Mobilidade da cidade de São Paulo).

O Plano de Mobilidade se firma em dois importantes eixos: o transporte urbano e o de veículos não motorizados. “Nós estamos mirando nesses dois grandes eixo para os próximos 15, 20 anos. Que venham governos, que venham secretários de transporte alinhados com esses dois grandes eixos. Com isso nós vamos estar obviamente priorizando o ônibus, o transporte coletivo.”

A audiência pública, que durou mais de 2h, gerou polêmica quando trouxe para a discussão a cobrança de pedágio na cidade. “Já temos pedágios nas rodovias, agora também no centro da cidade para evitar os carros? Aumente o rodízio, cinco placas, quatro placa, esse é o meu ponto de vista. Sou totalmente contra a cobrança na cidade de SP”, disse o diretor-executivo do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo – SINDMOTORISTAS.

Lech esclareceu que o plano não aborda a questão. “O plano de mobilidade não tem essa pretensão e nem pode ter. O plano é uma carta de princípios  inicialmente, e depois um conjunto de indicações de obras, de serviços e um cronograma”, disse.

“O grande objetivo dessa discussão é justamente fazer com que a cidade tenha essa mobilidade aqui que todos nós queremos”, disse o vereador Senival Moura (PT), presidente da Comissão.