GISELE MACHADO
DA REVISTA APARTES
No fim do século 19, a acanhada capital paulista não era nem sombra da metrópole em que se transformou. “Durante a transição do Império para o regime republicano, São Paulo era provinciana, caipira, uma cidade baixa, de taipa, muito aquém das cidades portuárias e que, de repente, enriquece e passa a exercer protagonismo”, conta a historiadora e artista plástica Beatriz Piccolotto Bueno, que leciona História da Urbanização na Universidade de São Paulo (USP).
Em quatro décadas, até 1930, brotaram no Centro edifícios que até hoje simbolizam a cidade, como o Theatro Municipal, Palácio da Justiça, Mercadão e Pinacoteca do Estado. Esses marcos paulistanos têm em comum o fato de levarem a assinatura do lendário Escritório Ramos de Azevedo, aberto em 1886 pelo engenheiro e arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo.
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