Seminário na Câmara discute políticas públicas de saúde mental em SP

DA REDAÇÃO

A Câmara Municipal de São Paulo recebeu nesta sexta-feira (9/10) o II Seminário Intersetorial de Saúde Mental do Conselho Municipal de Saúde da capital paulista. Durante o debate, os palestrantes falaram sobre as políticas públicas desenvolvidas no município e sinalizaram para a necessidade de se acabar com o preconceito da sociedade em relação a pessoas com problemas desse tipo.

“O objetivo desse evento é preparar os delegados do município para a Conferência Nacional de Saúde, principalmente para que eles a luta antimanicomial para o debate”, explicou a representante da Frente Estadual Antimanicomial, Evelyn Sayeg.

Para ela, é fundamental que se acabe com os manicômios. “Normalmente existe uma abordagem compulsória dessas pessoas e elas são tratadas em encarceramento. No entanto, colocar em uma estrutura de prisão não funciona. É necessário que a sociedade aceite o estigma da loucura e promover políticas que garantam o direito à cidadania a esses cidadãos”, sinalizou Evelyn.

O preconceito, acrescentou a coordenadora de Saúde Mental, Álcool e Drogas da Secretaria Municipal de Saúde, Myres Cavalcanti, é algo que acontece com os dependentes químicos. “O grande desafio que temos é acabar com o preconceito e estigma das pessoas em relação aos usuários de substâncias, que muitas vezes são vistas como perigosas para a sociedade”, explicou.

Durante o debate, Myres ainda falou sobre os avanços voltados aos dependentes químicos. “A política de álcool e droga tem um processo sempre em construção. Mas um grande passo foi chegar ao consenso de que essa é uma questão de saúde como um todo e não de segurança”, revelou.

O Programa de Braços é um dos exemplos de políticas desenvolvidas pela atual gestão que busca um resgate social dos usuários de crack a partir do trabalho remunerado, alimentação e moradia digna, com a diretriz de intervenção não violenta. “É reconhecer qualquer usuário como um cidadão de direito e isso tem avançado não apenas na região da Luz [centro], mas as ações estão sendo levadas para todos os bairros”, explicou Myres.

A vereadora Juliana Cardoso (PT) participou do evento e falou sobre a importância do debate. “Esse é o caminho certo, nos mobilizarmos, para conseguirmos avançar nas políticas públicas e fazer mais ações pela saúde mental”, disse.

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