Audiência pública discute a poluição do ar e saúde na Capital

MARIANA GHIRELLO
DA TV CÂMARA

Olhos, boca e nariz irritados e doenças respiratórias. Esses são apenas alguns dos problemas causados pela poluição na saúde de quem vive numa grande cidade, como São Paulo, e foram discutidos nesta quarta-feira durante audiência pública realizada pela Comissão de Saúde na Câmara Municipal por vereadores e especialistas.

Segundo a Cetesb, os carros, caminhões e ônibus são os grandes responsáveis por sujar o ar. “Nós estamos acabando com o nosso ar, estamos propiciando e aumentando as infecções do aparelho respiratório”, disse o presidente da Comissão, vereador Calvo (PMDB).

“Na cidade de São Paulo, todo ano, a gente perde 4.800 vidas, com mortes diretamente relacionadas com a poluição do ar”, esclareceu o vereador Gilberto Natalini (PV), um dos integrantes da Comissão.”Nos momentos de pico de poluição, o número de pessoas com infarto de miocárdio dobra nos hospitais públicos da cidade.”

Um dos mecanismos que poderia reduzir o problema é a inspeção veicular, mas ela foi proibida por decisão judicial. “É uma medida antipática, porque a pessoa gasta tempo, tem que pagar, mas que tirava 25% da poluição de particulados do ar só na regulagem do motos dos carros”, explicou Natalini.

Durante a audiência pública, a coordenadora-adjunta da Covisa, Cristiane Mota Faria, apresentou dados relacionados a outros tipos de poluição, como as áreas contaminadas na cidade. Em São Paulo, existem mais de mil e oitocentas áreas contaminadas. Destas duzentas e quatorze possuem risco confirmado à saúde. Desde o início da crise hídrica, a Covisa passou a testar também os metais pesados nas amostras de água, e segundo a coordenadora, em algumas amostras foram encontrados menos cloro do que o necessário, além de coliformes e bactérias.

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