CPI ouve representantes das torcidas organizadas

LEANDRO CHAVES
DA TV CÂMARA

O presidente da Torcida Jovem do Santos, Denis de Almeida, criticou o planejamento feito pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar em dias de clássicos na capital.

“Eu estive em diversas reuniões com o Batalhão, eles direcionavam a gente sempre de Santos, de quantos ônibus vão sair de Santos. A gente tem uma subsede de Santos que tem um número muito grande de torcedores, da Torcida Jovem.  Porém a nossa sede sempre foi na capital. Então, a partir do momento que existe essa dúvida, acaba tendo um mapeamento dos nossos torcedores de maneira errada”, disse Almeida.

Em outubro do ano passado, um confronto entre torcedores do Palmeiras e do Santos, na Via Anchieta, resultou na morte de um palmeirense. O presidente da Torcida Jovem reconheceu que o fato aumentou a rivalidade entre as torcidas, mas garantiu que o clima será de paz na final da Copa do Brasil, decidida entre os dois clubes nas próximas semanas.

“Deve ter influenciado muito na rivalidade entre ambas as torcidas. Só que eu tenho o controle sobre minha torcida, e eles devem ter sobre as deles, e as autoridades fazem o serviço deles. Acho que na final temos que estar preocupado com a festa, cada um incentivar o seu clube e as autoridades tomar as precauções”, disse.

Quem também foi ouvido durante a CPI foi o diretor social da Leões da Fabulosa, Álvaro Sousa. A torcida organizada é ligada à Portuguesa e conta aproximadamente com três mil sócios. Ele lembrou que embora haja muito preconceito, as torcidas também tem uma importante participação em projetos sociais.

“A gente consegue fazer trabalhos com pessoal de situação de rua, mas no sentido de doação de alimentos e donativos. A gente também realiza atividades culturais, como eventos e shows e também fazemos campeonatos de futebol com os associados”, disse Sousa.

O presidente da CPI das Torcidas Organizadas, vereador Laércio Benko (PHS), espera a participação dos diretores dos grandes clubes de São Paulo para discutir o assunto.

“Tudo que acontece é jogado nos ombros das torcidas organizadas ou da Polícia Militar, e ninguém até agora buscou a responsabilização ou procurou chamar para discussão os dirigentes dos clubes de futebol e das federações. Então essa será a próxima etapa da nossa CPI”, afirmou Benko.

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