CPI aprova ‘Atende’, porém enxerga limitação no serviço

Ainda centrada no debate sobre a mobilidade em São Paulo, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Acessibilidade continuou seus trabalhos nesta terça-feira com a presença de representantes do Atende e do Bilhete Único Especial, serviços da Prefeitura que beneficiam deficientes físicos.

José Carlos Biagioni, que ocupa há 13 anos a diretoria do Atende, afirmou que o serviço tem cerca de 4 mil usuários, que utilizam os 360 veículos adaptados com elevadores e trilhos. O Atende transporta pessoas que tenham vínculo à cadeira de rodas e seus acompanhantes, caso necessário, levando-os a tratamentos médicos, trabalho e escola.

Os critérios para inclusão no Atende foram questionados pelos membros da CPI. De acordo com o vereador Paulo Frange (PTB), há outros diagnósticos que exigem um serviço de transporte semelhante, porém que permanecem sem solução por parte da Prefeitura.

Para Biagioni, não há razão para incluir portadores de outras deficiências no Atende, uma vez que seus veículos foram modificados para receberem cadeirantes. Ele acredita que é preciso estudar alternativas que contemplem outros casos.

Bilhete Único Especial

O funcionamento do Bilhete Único Especial — que concede transporte gratuito a portadores de deficiência física e intelectual — foi explicado à CPI por Gislaine Valério, da SPTrans.

Segundo ela, cerca de 250 mil pessoas são beneficiadas, após enviarem laudos médicos que passam por análise técnica da SPTrans. Destas, 60% têm o direito estendido a um acompanhante. Os pedidos mais comuns, disse Valério, são de pessoas diagnosticadas com esquizofrenia, apresentando perda de autonomia.

Gislaine afirmou que a “malandragem” é um problema no andamento do Bilhete Único Especial. Em média, os técnicos recebem um diagnóstico falso por dia. Para Paulo Frange, além de impedir as fraudes, é preciso também rever as portarias que determinam quem tem direito ao transporte gratuito.

(10/05/2011 – 13h32)

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