CPI confirma que flanelinhas da Faria Lima intimidam motoristas

(Fábio Jr Lazzari/CMSP)
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A CPI dos Estacionamentos realizou uma diligência nesta quinta-feira (25/4) na região da Avenida Faria Lima, a fim de apurar as denúncias de matéria do jornal Folha de S. Paulo, segundo a qual guardadores de carro reservariam vagas e receberiam mensalmente de empresas na região.

Robson Candeia trabalha na região da Rua Elisa Pereira de Barros, onde os vereadores fizeram a diligência e confirmou os acontecimentos. Nem ele nem seus colegas de trabalho pagam os guardadores, porém, isso já o levou a discussões e até ameaças. Quebraram o carro de um colega meu, contou. Nós enfrentamos, mas tem até mensalista, completou.

Moradores também confirmam que a situação ocorre. Uma delas, que não quis se identificar, afirmou que, contrariados, os flanelinhas ameaçam. Eles querem saber que horas saímos e chegamos, dizem que determinadas vagas são deles, afirmou. Segundo ela, o serviço funciona de maneira semelhante a um valet de restaurante: as pessoas entregam as chaves dos carros aos guardadores, eles estacionam em ruas próximas e devolvem o veículo na porta do escritório ao serem chamados por telefone.

Durante a diligência, foi vista uma mulher chamando um homem pelo celular, ele saiu de uma das guaritas de segurança da rua e entrou no carro, conduzido para a rua onde, supostamente, os carros são estacionados.

Os vereadores encontraram apenas um dos três flanelinhas que trabalham naquele local específico. Dario de Oliveira afirmou que atende moradores e funcionários, manobra carros e guarda as chaves, porém não confirmou que reserva vagas nem estabelece um valor fixo para estacionar naquela rua. Vejo com cada um a situação que é boa para os dois lados. Não estou fazendo nada de errado, defendeu-se. Dario concordou em comparecer a uma reunião da CPI.

Na mesma rua, há também um vendedor de Zona Azul que fica com as chaves dos carros para colocar os bilhetes quando os fiscais da CET passam. Para a moradora da rua, e para alguns vereadores, a implantação desse sistema em toda a via pode ser a solução. É uma maneira de regularizar. O que não pode é continuar essa privatização do espaço público, com os escritórios como beneficiários, observou o vereador Reis (PT). Já Ricardo Nunes (PMDB) afirmou que irá verificar com a subprefeitura essa situação e a regularização das guaritas, que servem de base para os guardadores.

E Mais:

– Faria Lima: CPI apura denúncia de compra de vagas em via pública.

(25/4/2013 – 15h30)

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