CPI da Cantareira dá prazo para condomínio resolver problemas

A associação de moradores do condomínio Parque Itaguaçu e a construtora Imobel, responsável pelo empreendimento, têm 30 dias para resolver as diferenças sobre a administração do local. O prazo foi estipulado pelos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades no uso e ocupação do solo na Serra da Cantareira, Zona Norte da cidade.

Segundo Paulo Cahim, que representou os moradores do condomínio na reunião da CPI desta terça-feira, trata-se de um projeto original muito bonito, mas que não corresponde à realidade. Cahim afirmou que, além de problemas diários como falta de água e rede de esgotos, há o corte de árvores centenárias e o assoreamento de um córrego.

O loteamento vendido pela Imobel, que ocupa uma antiga fazenda de eucaliptos, fica à beira do Parque da Cantareira. Atualmente, mais de cinco mil pessoas vivem no local, número que poderá triplicar nos próximos anos.

O diretor-executivo da Imobel, Ricardo de Almeida Mendes, afirmou que a empresa cumpriu legislação e o contrato, estando os problemas nas mãos dos moradores, no caso do corte de árvores, e das concessionárias de saneamento e água.

Temos muito orgulho do empreendimento e a parte documental está toda correta, defendeu, completando que, embora não esteja em dívida com os moradores, a construtora irá contribuir com a resolução dos problemas no Parque Itaguaçu, seja realizando melhorias, intermediando a relação com órgãos do governo e conscientizando particulares de suas responsabilidades na preservação ambiental.

O vereador Juscelino Gadelha (PSB), membro da CPI, elogiou o condomínio, dizendo que ele pode se tornar um exemplo para a cidade de São Paulo. Quando apresentaram aqui o projeto, era o único que tinha aprovado tudo na Prefeitura. Mas na prática não está sendo assim, observou. O parlamentar é otimista quanto às conversas entre moradores e construtora no próximo mês, porém não descartou uma diligência no local, acompanhado das secretarias de Habitação e do Verde e Meio Ambiente, além da Polícia Florestal.

(14/8/2012 – 15h45)

 

 

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