DA REDAÇÃO

O Projeto de Lei (PL) 89/2015, que dispõe sobre a comemoração ao Dia da Bandeira do Brasil nas escolas — incluindo o hasteamento da Bandeira do Brasil e canto dos Hinos Nacional e da Bandeira por todos os alunos, professores e funcionários da escola diante da bandeira — foi um dos projetos que receberam parecer favorável da Comissão de Educação, Cultura e Esportes na reunião desta quarta-feira (24/2), na Câmara.

A proposta, de autoria do vereador Toninho Paiva (PR) recebeu quatro votos favoráveis, duas abstenções e um voto contrário.

Para o vereador Quito Formiga (PSDB), a medida é forma de estimular os estudantes ao patriotismo. “Sou favorável, porque acho que toda criança tem que crescer com patriotismo, com a noção de que o nosso país tem que ser valorizado e visto com amor. Hoje as crianças não têm esse prazer e essa alegria, ao contrário, elas crescem ouvindo e presenciando dificuldades que o país tem atravessado em todos os ambitos”, afirmou.

Já o vereador Toninho Vespoli (PSOL), único voto contrário ao PL, acredita que a propositura interfere no plano pedagógico das escolas. “Se nos estivermos impondo à escola várias disciplinas e atividades para assumirem, acabamos com o projeto pedagógico escolar. Não podemos ser uma interferência. Os professores trabalham o dia da bandeira em outros aspectos e não necessariamente na frente da bandeira, como um robô. Os jovens são mais ativos hoje, precisamos pensar em outras formas de envolver os alunos nas propostas pedagógicas”, ressaltou.

Equipamentos 24 horas

Os vereadores também foram favoráveis ao Projeto de Lei (PL) 596/2013, de autoria do então vereador Nabil Bonduki (PT), que propõe a extensão de horário de funcionamento dos equipamentos públicos municipais. Com o objetivo de estimular o lazer, o turismo, as atividades culturais e artísticas em horários alternativos na cidade, a proposta estende o atendimento por 24 horas em Bibliotecas, Museus, Parques, Centros Culturais e Esportivos.

“Isso pode até diminuir a questão de violência na cidade. As pessoas poderiam ir a parques e bibliotecas em horários diferentes do habitual, seria muito importante para São Paulo, principalmente pelas características da cidade, que passa o tempo todo em atividade. Isso, com certeza, vai contribuir muito para o desenvolvimento cultural da população”, afirmou o relator do PL, vereador Eliseu Gabriel (PSB).