CPI: frota de ônibus possui aparelho de R$ 2,4 mil em desuso

Luiz França / CMSP
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A nova tecnologia de monitoramento dos ônibus, implantada em 2011 em toda a frota, não está em funcionamento. Segundo o gerente operacional da Noxxon, Régis Freitas, o termo de referência elaborado para renovar o equipamento incluiu exigências como o acelerômetro, que mede a maneira com o que o motorista está conduzindo, porém elas não estão em uso.

A Noxxon é uma das empresas homologadas pela SPTrans para fornecer rastreadores via satélite, equipamento conhecido como AVL, para as concessionárias de ônibus na cidade de São Paulo. Todo ônibus que trafega na cidade é obrigado a ter um rastreador instalado. Desde 2006 eles prestam o serviço.

De acordo com Freitas, que esteve na CPI do Transporte Público nesta quinta-feira (26/9), em 2011 a SPTrans elaborou um novo termo de referência para os AVLs, incluindo novas tecnologias para os equipamentos. Isso levou a uma nova venda de rastreadores para as companhias de ônibus, e a Noxxon vendeu mais de nove mil equipamentos. Apesar disso, as novas funcionalidades dos AVLs não são utilizadas pela SPTrans.

Entre as novas funções possíveis para os AVLs que não são aproveitadas, disse Freitas, estão o acelerômetro, que mede a maneira como o motorista está conduzindo, interface com o letreiro eletrônico externo e com um contador de passageiros, painel que seria instalado dentro dos ônibus. Freitas não soube dizer o motivo dessa situação.

A Noxxon detém atualmente 65% dos AVLs na cidade. Ela também possui operações em Recife, Diadema, entre outros municípios.

Manutenção

Além de questionar as mudanças nos AVLs, o presidente da CPI, vereador Paulo Fiorilo (PT), questionou a cobrança da manutenção dos rastreadores. Régis Freitas disse que um valor de R$ 30 é cobrado mensalmente por equipamento, o que não dá lucro. Já a empresa Mobibrasil, que opera ônibus na Zona Sul e que esteve na reunião nesta quinta-feira, afirmou que realiza por conta própria o serviço, em vez de contratar a Noxxon, o que sai mais barato.

Eles (Noxxon) alegam que valor está defasado, e por outro lado, empresa que faz manutenção com o próprio pessoal gasta muito menos. Isso é importante porque influencia no preço da tarifa, disse o vereador, que alegou ainda que a planilha de custos calcula como se todos os ônibus contratassem a fabricante dos AVLs para sua manutenção.

(26/9/2013 – 13h20 – Atualizado às 16h10)

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