Crime está infiltrado em cooperativas de ônibus, acredita Telhada

Luiz França / CMSP
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Na opinião do vereador Coronel Telhada (PSDB), o crime organizado provavelmente faz parte das cooperativas que atuam no transporte coletivo em São Paulo. A fala foi proferida durante uma audiência pública realizada nesta quarta-feira (7/5) para discutir os frequentes ataques a ônibus na cidade. O vereador citou uma reportagem veiculada nesta manhã pelo telejornal Bom Dia São Paulo, da Rede Globo. De acordo com a matéria, micro-ônibus não são alvos porque as cooperativas teriam relações com os criminosos.

É suspeito que esses ataques aconteceram na maioria das vezes com ônibus de empresas e não com os de cooperativas, isso pode ser um sinal de que o crime está infiltrado, sinalizou Telhada. É necessário que a polícia civil faça uma investigação para saber quais são os tipos de interesses envolvidos, mesmo porque, alguns dos que foram presos por incendiar ônibus estariam recebendo dinheiro de alguém, acrescentou.

O diretor executivo do Sindicato dos Condutores, Marcos Antônio Coutinho, acredita que pode haver facções criminosas envolvidas com as cooperativas. A reportagem mostrou essa associação e acredito que o crime organizado está infiltrado não só nas cooperativas, mas em outros lugares. Independente disso, queimar ônibus é crime e a polícia precisa investigar, afirmou. Ele ainda falou que a violência contra motoristas e cobradores tem deixado os profissionais com medo de trabalhar. Nós e os usuários estamos sendo ameaçados. É necessário aumentar a segurança pública, declarou.

Para o presidente do colegiado, vereador Senival Moura (PT), a ligação entre cooperativas e o crime é uma grande bobagem. Essa relação que a reportagem tentou fazer não existe. Eu conheço muito bem o sistema de transporte público da cidade, e sabemos que todos são trabalhadores de bem, afirmou. O parlamentar reclamou da ausência de representantes da Secretaria Estadual de Segurança Pública no debate. A nossa audiência pública foi prejudicada pela ausência do secretário (Fernando Grella), que deveria trazer os esclarecimentos necessários, tirar nossas dúvidas e nos dizer como estão os inquéritos sobre esses crimes, declarou.

Prejuízo
Os dados da SPTrans revelam que neste ano 67 ônibus já foram incendiados o que supera o ano inteiro de 2013, em que 65 veículos foram atacados. Por conta desses crimes, a SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) afirmou que o prejuízo para as empresas é de pelo menos R$ 30 milhões. Esses crimes aconteceram principalmente nas zonas leste e sul e quem é prejudicado com isso, além das empresas, é a própria população. Porque é necessário pelo menos seis meses para repor novamente o ônibus que foi destruído, explicou o diretor executivo da SPUrbanuss, Carlos Alberto Fernandes Rodrigues de Souza. (da Redação)

(07/05/2014 – 15h08)

 

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