Deficientes auditivos cobram concursos públicos mais inclusivos

Deficientes auditivos se reuniram nesta segunda-feira (1/4) na Câmara Municipal para discutirem mudanças nos concursos públicos e políticas de acessibilidade para surdos na cidade de São Paulo. O encontro é uma iniciativa do vereador Toninho Vespoli (PSOL).

Ricardo Oliveira, presidente da Associação de Surdos de São Paulo, contou sobre as dificuldades que tem desde 2004, quando começou a prestar concurso público para a área de Tecnologia de Informação, na qual é formado. Já foram 24 tentativas, e ele acredita que é prejudicado pelo formato das provas. Em Libras (Língua Brasileira de Sinais), ele argumentou que o português não é sua primeira língua, o que o coloca em desvantagem em relação aos outros candidatos.

Atualmente, os surdos têm garantida a presença de um intérprete em Libras no concurso, porém Ricardo observou que nem sempre o profissional é capacitado, e que isso não é suficiente. Oliveira criticou, por exemplo, a cobrança por conteúdos de atualidades. Já perguntaram sobre Hugo Chávez e a vida do (então) presidente Lula, só que nós não temos facilmente acesso à informação, afirmou.

Nesse sentido, os participantes da reunião defenderão mais programas de televisão com tradução em Libras. Eles falaram que não conseguem acompanhar as notícias, em telejornais e na mídia impressa, e frequentemente dependem de familiares para saberem o que está acontecendo.

(1/4/2013 – 15h30)



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