Historiador do cemitério da Consolação recebe Título de Cidadão Paulistano

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Francivaldo Almeida Gomes recebe o Título de Cidadão Paulistano em sessão solene realizada na Câmara Municipal 
André Bueno / CMSP

 

DA REDAÇÃO

Quando veio de Crateús, no Ceará, para São Paulo, Francivaldo Almeida Gomes — mais conhecido como Popó—, certamente não imaginava que um dia seria reconhecido pela Câmara Municipal da cidade que aprendeu a amar. Popó, historiador do cemitério da Consolação, se tornou o mais novo Cidadão Paulistano na noite desta terça-feira (6/9), por iniciativa do vereador Jamil Murad (PCdoB).

Popó, que chegou a capital paulista em 1986, ingressou no serviço público, especificamente no cemitério da Consolação —o mais antigo da cidade—, quatorze anos mais tarde, exercendo a função de sepultador. Com o instinto de quem quer aprender sempre mais, passou a estudar a história do cemitério da Consolação por conta própria e em 2002 assumiu o papel de historiador.

Lúcia Sales, superintendente municipal do Serviço Funerário, afirmou que o Popó é um patrimônio do serviço público e que mesmo com as novas ferramentas tecnológicas que tornam as visitas mais dinâmicas, o seu trabalho é imprescindível.

“O Popó é o nosso xodó. Mesmo a gente tendo o nosso aplicativo, guia do cemitério Consolação, e também QR -Code com mapa do local para visita autoguiada, mas a visita do coração, insubstituível é com essa graça de pessoa que é o Popó, paulistaníssimo, e por isso reconhecido como tal”, disse.

O homenageado não se esqueceu de quem o ajudou muito, segundo ele, daquele que foi o seu grande professor. “Tive a oportunidade de conhecer uma pessoa que representava muito a cidade de São Paulo, professor Délio Freire. O motivo de eu estar aqui eu devo muito a ele, pelo que fez, pelo que me ajudou, sem dúvidas era uma pessoa que amava muito essa cidade e se foi em 2002”, pontuou Popó, sem esconder a sua emoção.

Para o vereador Jamil Murad, Popó transformou algo que para muitos simboliza apenas a tristeza em algo que desperta o interesse das pessoas. “Ele foi trabalhar com um assunto difícil. Estudar os túmulos, os mármores, a história das pessoas sepultadas ali, e ao invés de ver a tristeza, ele reconstituiu a vida dessas pessoas”, disse o proponente.

A primeira dama da cidade, Ana Estela Haddad, participou da homenagem a Popó.

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