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A campanha que nasceu nos Estados Unidos há dez anos sob o nome End it Now ecoa no Brasil sob a coordenação de Sonia Rigoli e foi tema de encontro na Câmara Municipal de São Paulo nesta segunda-feira (27).

Trata-se de um esforço preventivo e educativo que leva as pessoas a refletirem sobre o assunto, que não deve ser guardado ou escondido. A vítima precisa buscar ajuda e existe uma saída, diz Sonia, que organizou uma caminhada em São Paulo para chamar atenção sobre o assunto na semana passada. É possível consultar o material da campanha e conhecer postos de atendimento no link http://quebrandoosilencio.org/downloads/.

Um estudo divulgado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz em maio deste ano, batizado de Mapa da Violência de 2012: Homicídios de Mulheres no Brasil, traçou a evolução do homicídio de mulheres entre 1980 e 2010, quando foram assassinadas 91.932 mulheres, sendo quase a metade 43.486 mortes na última década desse período. Confira no link a pesquisa completa http://mapadaviolencia.org.br/.

Segundo a estatística, 69% das mulheres que foram vítimas de violência foram agredidas dentro de suas próprias casas, na maior parte das vezes por maridos, namorados, companheiros ou ex.

Para o vereador Paulo Frange (PTB), o encontro  traz à tona um assunto que merece ser discutido tanto quanto a saúde ou a questão do emprego. Não aceitamos que o Brasil esteja no sétimo lugar no ranking de mortes de mulheres por violência, entre 84 países. Na maioria das vezes, a violência acontece dentro de casa, diz o vereador.

Taxas de homicídio de mulheres (em 100 mil) por unidade federativa*

Fonte: SIM/SVS/MS *2010: dados preliminares

(27/08/2011 – 21h)