Especialistas debatem como hackear a política

Luiz França / CMSP
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Integrantes de movimentos hacker, do Executivo e da Câmara debatem no 1º dia do HackDays

Especialistas em plataformas de participação popular e projetos legislativos discutiram nesta sexta-feira (6/6), durante o primeiro doa do HackDays, como é possível hackear os processos políticos para torná-los mais acessíveis e colaborativos.

Hackear a política é encontrar um brecha no sistema, abrir a possibilidade de intervir nesse processo, definiu Lívia Ascara, do movimento Thacker (Transparência Hacker). Estamos vivendo um momento riquíssimo de poder contribuir neste diálogo entre a demanda da sociedade e a transparência de um governo participativo, disse.

Cristiano Ferri, gerente de projetos da Câmara dos Deputados, e autor do livro O Parlamento aberto na era da Internet: Pode o povo colaborar com o Legislativo na elaboração de Leis? acredita que um dos desafios é a motivação política e o entendimento da inovação positiva que a internet pode trazer. A grande maioria dos políticos pertence a uma geração diferente. Para eles, o movimento de internet 2.0 e plataformas colaborativas são muito novos. Estão em um universo burocrático que tem sua linguagem, mas que também precisa desse novo entendimento, analisou.

Membro do Comitê Intersecretarial de Governo Aberto do Núcleo Digital da Prefeitura de São Paulo, Vinicius Russo apresentou alguns dos aplicativos e plataformas que auxiliam o Executivo municipal a receber a colaboração da população, como a Minuta Participativa da revisão do PDE (Plano Diretor Estratégico) e a plataforma Gestão Urbana SP, que conta com diversos aplicativos de participação. Eu espero que desse encontro possa surgir alguma ferramenta que integre o que já existe, principalmente sobre os dados da Câmara com a Prefeitura, disse.

Não existe melhor maneira de hackear a política do que o controle social, disse o Ouvidor da Câmara, Fábio Pierdomênico. Para ele, as 900 ouvidorias do país também são uma forma de intervenção da sociedade. As ouvidorias têm que ser algo que a sociedade enxergue como dela. A transparência não deve ter limites, defendeu o ouvidor.

Também participaram do debate Cândido Azeredo do movimento Voto Consciente e Leonardo Dias, desenvolvedor do aplicativo My Fun City.

(06/06/2014 22h15)

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