Sapopemba, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Itaim Paulista, Itaquera, Penha e São Miguel Paulista. Grandes bairros da Zona Leste foram representados durante a audiência pública deste sábado (23/11) do Plano Plurianual 2014-2017 e o Orçamento para o ano que vem. A região leste de São Paulo é a mais populosa e uma das mais carentes também.

Alexandra Correia, moradora do bairro Jardim Ivone, acompanhou a audiência pública com a esperança de que os problemas da região em que ela mora, tenham soluções.

Nós precisamos de área de lazer, de centro de convivência, oficinas de cultura, porque as crianças e a terceira idade não têm lugar para brincar, para lazer”, disse.

De acordo com o subprefeito de São Mateus, Fernando Elias Alves de Melo, só com o contato e debate com a sociedade é possível entender os anseios dos moradores locais.

“Às vezes as discussões ficam nas secretarias e se a gente não tiver esse contato com a população para saber na ponta não sabemos problema que está ocorrendo realmente. Muitas vezes temos uma situação crítica que em determinado local, mas uma coisa é saber por informação e outra é verificar a realidade do que está acontecendo pelos moradores convivem com o problema”, ressalta.

Entre as reivindicações, o desenvolvimento de Sapopemba foi um dos principais temas de debate realizado CEU São Mateus. A criação de uma subprefeitura específica para o bairro, que era um desejo antigo dos moradores, vai se tornar realidade em janeiro do ano que vem. Entretanto, o Orçamento de 21 milhões e 400 mil reais destinados para a região não agrada a população.

A presidente da Associação Assistencial Planura, Zeze Moreira, que o valor não contempla as necessidades do bairro. É até vergonhoso o orçamento para Sapopemba. Nós lutamos para que viesse a ter a subprefeitura, mas para que venha a funcionar mesmo nós precisamos que esse orçamento seja o dobro”, pediu a moradora.

Para Luiz Paulino, morados local, “se for comparar com outras subprefeituras, Sapopemba tem mais habitantes, tem mais demandas, e falta até posto de saúde.

Para o vereador Paulo Fiorilo (PT), da Comissão de Finanças da Câmara, e relator do Orçamento, as declaração contribuem positivamente para a construção da peça orçamentária.

“É preciso construir esse orçamento. E ele é construído a partir daquilo que está determinado por Lei. O que tem de diferença, o que é possível remanejar, é o que se coloca. Há um compromisso público para que a gente tente melhorar”, explicou.

A vereadora Juliana Cardoso (PT) também segue a mesma linha do relator ao apontar a importância da participação social. Eu acho que tem que ser dialogado começando pelas regiões mais periféricas, onde você tem que ter um olhar um pouco mais especial, porque as regiões estão crescendo e cada vez mais.”

Zona Oeste

A comissão de Finanças também realizou audiência pública para debater os problemas região Oeste de São Paulo. Entre os assuntos, o vasto crescimento da região do Jaguaré é um dos que mais preocupa os moradores. Hoje o Jaguaré parece que está no meio de duas Subprefeituras e o nós sentimos como moradores é que estamos abandonados, apesar de não estarmos. Ele é um bairro que está crescendo muito e a comunidade de lá é muito carente e precisa de habitação, mais saúde, educação melhor e eventos sociais”, pontou o morador Paulo César Maluf.

Já os bairros do Butantã, Lapa e Pinheiros têm mais estrutura, mas também precisam de atenção do Poder Público em outro sentido. Existe um desejo muito grande da sociedade aqui, o primeiro é ver a Operação Urbana realmente devolver para a região a infraestrutura, tudo o que está prometido, mas mais do que isso, a gente precisa rever a descentralização, comentou o Subprefeito da Lapa, Ricardo Pradas.

Parece que a Zona Oeste precisa aumentar os recursos das Subprefeituras, mas não é só um problema daqui. É focar em áreas específicas como cultura, patrimônio, verde, são demandas muito específicas para tratar no Orçamento para o ano que vem, disse o vereador Paulo Fiorilo.

(25/11/2013 – 11h57)