Condutores do transporte escolar pedem mudança no critério para atender alunos

Luiz França / CMSP

Audiência Pública da Comissão de Trânsito e Transportes discutiu o Transporte Escolar Gratuito na Capital

 

DA REDAÇÃO

Os condutores do TEG (Transporte Escolar Gratuito) e representantes de associações de bairros sinalizaram para a necessidade de a prefeitura rever a forma de cálculo utilizada pela prefeitura para inserir as crianças no programa.

Para os participantes da audiência pública realizada pela Comissão de Trânsito da Câmara Municipal de São Paulo neste sábado (1/4), a prefeitura não pode considerar a rota à pé para atender o aluno.

O critério passou a ser utilizado nesta gestão e, de acordo com os condutores, cerca de 90% das crianças deixaram de ter direito ao TEG.  “As barreiras físicas e a segurança dos alunos não estão sendo levadas em consideração”, disse o condutor Valter Mendonça. Ele contou que no ano passado atendia 56 estudantes por mês e com a nova regra está atendendo quatro alunos na zona leste.

O condutor e presidente da Associação dos Moradores do Morro Doce, Manoel de Moraes Neco, concordou.  “Estamos indignados com a situação.  A nossa região tem ruas íngremes e as crianças não podem ficar sem o transporte”,argumentou. Neco disse também que dos 52 alunos que atendia, ficaram apenas seis no TEG.

Sônia Pereira, presidente da Associação União dos Moradores do Jardim São Carlos, na zona leste, disse que está recebendo muitas reclamações dos pais.  “A nossa região tinha 200 crianças que usavam o transporte e agora são 100. Muitos pais trabalham e dependem do TEG porque não podem levar seus filhos para a escola”, revelou.

O diretor do DTP (Departamento de Transporte  Público), Marcos Antonio Landucci,  disse que os dados sobre o impacto dessa mudança serão divulgados nos próximos dias. “Os dados do mês de março serão divulgados, provavelmente, daqui dez dias e com eles poderemos saber se houve queda no atendimento e encaminhar para a secretaria de Educação, responsável por indicar os alunos que têm direito ao transporte”, explicou.

Após ouvir as reivindicações da população , os vereadores decidiram criar uma comissão para dialogar com a prefeitura e encaminhar as reclamações para o Ministério Público.

“Quero deixar registrado a minha indignação com a ausência do secretário de Educação [Alexandre Schneider].  E para que ele nos ouça, resolvemos montar essa comissão com representantes do TEG para buscar uma solução”, argumentou Alessandro Guedes (PT).

Para o parlamentar, essa comissão será fundamental para ajudar os condutores e os alunos.  “O nosso objetivo é que as crianças que precisam sejam atendidas.  A comissão assumiu essa luta”, acrescentou Guedes.

O presidente da Comissão de Trânsito, Senival Moura  (PT),  sinalizou para a necessidade de rever os critérios para que a criança possa ter o Transporte Escolar Gratuito.  “Pelo o que foi trazido pela população esse critério de considerar a rota à pé não funcionou.  Muitas crianças deixaram de ser atendidas.  Vamos conversar com o secretário de Educação”, disse.

Uma Contribuição

CÁSSIO SILVA

E UMA INDIGNAÇÃO A GENTE QUE TRABALHA COM O TEG ( TRANSPORTE ESCOLAR GRATUITO ) ESTAMOS PASSANDO POR UMA SITUAÇÃO MUITO DIFÍCIL NÃO TEMOS GARANTIA DE PAGAMENTO E TEMOS QUER DAR GARANTIA DE PAGAMENTO PARA OS FUNCIONÁRIOS… NESSA SITUAÇÃO QUE SE ENCONTRA NÃO A POSSIBILIDADES DE OPERAR MAIS ESTAMOS SOLICITANDO UMA LICITAÇÃO URGENTE PARA SALVA ESSE PROGRAMA TEG CONHEÇO MUITOS QUE JÁ ESTÃO DESISTINDO E EU TAMBÉM…

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