Vereadores estiveram na Secretaria Municipal da Cultura, ocupada desde quarta-feira
DA REDAÇÃO
A reunião da Comissão de Estudos da Cultura desta quinta-feira (1/6) foi realizada na sede da Secretaria Municipal da Cultura, que está ocupada por cerca de 50 manifestantes desde a última quarta-feira (31/5). Eles pedem a saída do secretário André Sturm.
O líder da oposição, Antonio Donato (PT), e os vereadores Alfredinho (PT) e Toninho Vespoli (PSOL) participaram da reunião na Galeria Olido. Os parlamentares vão fazer dois encaminhamentos: uma carta contra Sturm e um relatório de todas as reuniões e pedidos realizados no âmbito da Comissão. Nas últimas reuniões foram discutidas emendas à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
Os manifestantes reivindicam o descongelamento que a gestão João Doria (PSDB) fez no contingenciamento de 43,5% do orçamento da pasta e a implantação de um grupo para acompanhar a execução do Plano Municipal de Cultura. O secretário de Relações Institucionais, Milton Flávio, não foi à reunião da Comissão.
Na Câmara Municipal, o governo defende a manutenção de Sturm no cargo e diz que a liberação do dinheiro acontece aos poucos. Na Sessão Plenária de quarta-feira (31/5), a situação acusou o movimento de ter invadido e depredado o prédio.
Donato não constatou nenhuma irregularidade no espaço público ocupado. “O ato é completamente pacífico e organizado. Na verdade é uma manifestação política, de pressão popular, diante de um secretário autoritário que perdeu as condições de ser secretário”, afirmou. “Precisamos a partir de agora ter uma negociação séria, com prazos e ritos bem combinados entre as partes para que a gente possa descongelar as verbas da Cultura”, completou.
De acordo com Alessandro Azevedo, integrante da Frente Única da Cultura, para negociar o descongelamento dos recursos e a formação do grupo do Plano Municipal, Sturm terá de sair da secretaria.
“Já colocamos nossos pontos de pauta e um deles é consenso: a saída do atual secretário”, disse. Ainda segundo ele, o grupo também é contra o plano de desestatização da Prefeitura. Isso por temer que os equipamentos culturais sejam prejudicados.
Governo
A vereadora Aline Cardoso (PSDB), da base do governo Doria, disse que Sturm tem capacidade para continuar frente à pasta e afirmou que ele faz um bom trabalho. Ainda segundo ela, a liberação das verbas da Cultura acontece aos poucos.
“O congelamento foi necessário por uma diminuição na arrecadação e um aumento nas despesas. O descongelamento está ocorrendo”, afirmou a parlamentar. Ela defende que ele tenha mais “jogo de cintura” para lidar com os movimentos sociais. “As pessoas pegaram uma espécie de atrito pessoal contra ele e isso é muito delicado.”
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