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A medicina é uma profissão feminina, disse o vereador Gilberto Natalini (PV) durante a abertura da sessão solene realizada nesta quinta-feira que homenageou as médicas de destaque no Estado de São Paulo, em comemoração antecipada ao Dia Internacional das Mulheres (8 de março). O evento foi realizado pelo vereador e pela Associação Brasileira de Mulheres Médicas (ABMM).

A ABMM foi fundada em 1960, ligada a Medical Womens International Association, com a missão de promover a amizade, o intercâmbio científico e o auxílio mútuo para resolução dos problemas inerentes à condição de médica, mãe de família e dona de casa. A médica Marilene Melo, presidente da entidade, lembra que nessa época menos de 10% do total de estudantes eram mulheres. A situação das mulheres hoje é excelente, nossas médicas são bravas lutadoras, tanto no serviço público quanto no privado, disse. Marilene lembrou que o lema da ABMM é Matriz Animo Curandis (curando com amor de mãe) e que hoje 51% dos formandos em medicina são mulheres.

Segundo o presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão, todas as médicas homenageadas contribuíram para romper a barreira da discriminação imposta pela sociedade. É um momento importante para refletirmos sobre esse tema. As mulheres são vencedoras na medicina, disse.

A medicina é uma profissão extremamente bonita, exige carinho, afeto pelo paciente. Não é uma profissão para ser exercida como técnico, e as mulheres são mais dotadas para essa atitude do que nós, homens. Elas têm uma exuberância na prática médica muito grande, por isso resolvi fazer essa homenagem a minhas colegas de profissão, disse o vereador Natalini.

As homenageadas foram:

– Dra. Valeria Petri tem 65 anos, graduou-se em Medicina pela Escola Paulista de Medicina em 1973, especializou-se em Dermatologia, Medicina Ocupacional e Medicina Tropical. Mestre em Imunologia (1981), Doutor em Medicina, na área de Dermatologia (1982), Livre Docente pela Unifesp (1992) e ProfessoraTitular do Departamento de Dermatologia da Unifesp (1996). É Professora Titular do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina Unifesp.  Coordena a Unidade de Psoríase, Vitiligo, Adolescência e Patologia da Pele Feminina do Departamento de Dermatologia da EPM-Unifesp.

– Professora Dra. Therezinha Verrastro, médica Hematologista, faz parte da História da Hematologia  da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Hematologia Brasileira. Foi a primeira  mulher médica a defender tese de Doutoramento e Livre docência em Hematologia em São Paulo.

– Dra. Helena Muller é médica, formada pela Faculdade de Medicina de Sorocaba PUC/ SP.  É Fundadora e Primeira Titular do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Santa Isabel de Taubaté. Ex Professora Assistente de Anatomia Patológica das Faculdades de Medicina de Taubaté e de Marília.   Professora Adjunta de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. Além de ser Sócia-colaboradora da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Membro de Sociedades Cientifica Nacionais e internacionais.

– Dra. Angela Maggio da Fonseca graduou-se em 1967, pela Faculdade de Medicina de Sorocaba da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em 1972 obteve o título de especialista Obstetrícia e Ginecologia; em 1973 doutorou-se em medicina, sendo contratada como Professora Assistente Doutora na Disciplina de Ginecologia. No ano de 1983 fez Livre-Docência e em 1987 obteve o título de Professora Associada FMUSP. Todos os cargos foram obtidos por concurso.

– Dra. Irene Noronha é Professora Titular e Diretora do Serviço de Nefrologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, possui Doutorado e pós-doutorado em Imunologia de Transplantes durante 6 anos na Universidade de Heidelberg, Alemanha.  É  chefe da Equipe de Nefrologia e Transplante no Hospital Beneficência Portuguesa e no Hospital São José. É Coordenadora do Núcleo de Pesquisa Clínica (Napesq) do Hospital das Clínicas da FMUSP, além de ser Coordenadora da Equipe Multidisciplinar de Terapia Celular com células tronco e ilhotas pancreáticas na Universidade de São Paulo.

(07/03/2013 – 20h57)