Meio Ambiente: compostagem pode ser realizada em residências

Mozart Gomes/CMSP

A compostagem como alternativa ao descarte de resíduos orgânicos foi o assunto da reunião da Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente nesta quarta-feira (23). O colegiado convidou especialistas para explicarem como residências, estabelecimentos comerciais e o poder público podem criar um sistema eficaz de aproveitamento da matéria orgânica.

Compostagem é o conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em húmusnutrientes minerais; com atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronômico) àqueles encontrados na(s) matéria(s)-prima(s).

Para Cláudio Spinola, da organização Morada da Floresta, tabu e desinformação rondam a compostagem. Há o mito de que não funciona, que dá mau cheiro, disse, defendendo que o poder público distribua cartilhas explicando como as pessoas podem realizar a compostagem nas residências. O vereador Aurélio Nomura (PSDB), membro da Comissão, concordou que a falta de conhecimento faz com que poucas pessoas realizem a compostagem doméstica.

Já Patricia Blauth, da ONG Menos Lixo, acredita que o interesse da população no assunto tem aumentado. Segundo ela, a redução de gastos com sacos plásticos é um fator que faz as pessoas pensarem em alternativas para o lixo. Patrícia defendeu que a educação ambiental é fundamental para que a mudança seja feita, tanto no reaproveitamento dos resíduos quando na revisão dos hábitos alimentares e diminuição do desperdício.

Nas EMEIS

Renata Santoro, do Departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (UMAPAZ), contou na reunião desta quarta-feira as experiências que a pasta têm tido com a implantação de minhocários nas escolas públicas. Desde setembro de 2011, vinte instituições participam do projeto, realizando a compostagem de seus resíduos no próprio espaço.

Nos três encontros organizados pela UMAPAZ para a concretização do minhocário, Renata explicou que a compostagem é discutida tanto com alunos quanto professores, funcionários e até pais que se interessam pelo assunto. Para ela, isso faz com que o debate ultrapasse os muros da escola. Não estamos só falando de produção de adubo, outros pontos são abordados, como alimentação, observou.

(23/05/2012 – 14h07)

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