De acordo com o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Portal do Morumbi, Celso Cavallini, há um cenário de crescente violência na região. “É um bairro esquecido pela municipalidade, embora a Prefeitura receba altos tributos de seus moradores”, disse.

Para o vereador José Rolim (PSDB), que mora em Paraisópolis e que presidiu durante dez anos a sociedade de amigos do bairro, a droga tem sido a causadora dos problemas registrados. “É difícil ter homicídio em Paraisópolis e o bairro tem um dos menores índices de desemprego do Brasil, porque os empreendimentos do entorno acabam absorvendo a mão-de-obra da comunidade. Mas a droga está vencendo. Os usuários praticam roubos, furtos na região. Precisamos do empenho do município e do Estado nessa questão”, afirmou.

Rolim também lembrou que o efetivo de segurança e os equipamentos municipais não acompanharam o ritmo de desenvolvimento da área do Morumbi nos últimos anos. “Em 12 anos, a região cresceu 700%, mas a Polícia Militar não aumentou na mesma proporção. Também não cresceu proporcionalmente o número de escolas, de postos de saúde e de creche. Quando você leva para lá cerca de 100 agências bancárias e 14 supermercados, você também leva um grande fluxo de veículos, mas não houve infraestrutura condizente para isso”, disse.

Roberta Caldas, do Grupo Moradores do Morumbi, propôs que as comunidades dos dois bairros “deem as mãos para trabalhar unidas em torno de um objetivo comum”. “A minoria causa o mal em Paraisópolis. Quero deixar claro que estamos juntos nessa guerra. Queremos melhorias para todos”, disse.

Segundo José Rolim, um terreno cedido pela Prefeitura para a implantação de uma Base Comunitária da Polícia Militar deverá ajudar a melhorar o atual cenário de insegurança. Ele explicou que o Estado aguarda a publicação no Diário Oficial da cessão do espaço para instalar a unidade.

(29/09/2011 – 15h54)