Ocupação é empecilho para construir parque na Brasilândia

A área para a construção do Parque Municipal da Vila Brasilândia, na zona Norte de São Paulo, está ocupada por mais de mil famílias, de acordo com representantes da Prefeitura. A situação precária dessas pessoas que vivem no local foi discutida nesta terça-feira durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente.

De acordo com a diretora da Secretaria de Habitação, Mônica Syrillo, o cadastramento das famílias está sendo realizado. Até hoje temos 700 famílias inscritas, mas ainda temos pelo menos o dobro para cadastrar, afirmou.

Apesar da ocupação, sinalizou o diretor do Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente), Milton Persoli, a Prefeitura pretende seguir com o projeto de construção do parque. Essa área não estava ocupada quando foi comprada, no entanto, quando se foi dar a posse, já tinham famílias na área. Isso dificulta o processo de construção do parque, disse.

O presidente Movimento Ousadia Popular, Quintino Viana, ressaltou a importância de oferecer moradia para essas famílias. Precisamos defender a construção do parque na Vila Brasilândia, mas também precisamos garantir que as pessoas tenham direito a morar em um local seguro, o que não acontece onde essas famílias estão hoje, declarou.

Para a vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, vereadora Sandra Tadeu (DEM), a situação dessas famílias é preocupante. O período de chuvas está chegando e temos mais de mil famílias vivendo nessa área de risco. É necessário que seja feito algo porque o que parece é que essa invasão só tem aumentado, analisou.

O vereador Natalini também defendeu a necessidade de oferecer casas para essas famílias. Não somos contra a luta pela moradia, pelo contrário, defendemos esse direito. Por isso, a Prefeitura poderia cadastrar e buscar áreas seguras para construir casas para essas pessoas. Mesmo porque a invasão acontece em uma área de preservação ambiental, disse.

Ocupação

Durante a audiência pública, o vereador Natalini questionou os representantes do Executivo sobre quais medidas serão tomadas para garantir habitação para a população e também construir o parque. Percebemos nessa audiência pública que todos querem o parque e defendem o direito a moradia dessas famílias. Como vai ser resolvida essa situação, perguntou.

Em relação a habitação, respondeu Mônica Syrillo, não existe um projeto para atender essas famílias. Temos o compromisso para que essas pessoas sejam atendidas, por isso, estamos fazendo o cadastramento. No entanto, ainda não temos um projeto definido, explicou.

O diretor do Depave, Milton Persoli, defendeu a necessidade do Governo tomar uma decisão. Para resolver essa situação teremos várias secretarias envolvidas e para isso é preciso entrar em um acordo. Fizemos todas as intenções no sentido de construir. Mas não tem como fazer isso em uma área que está 70% ocupada. É preciso ver o que será feito, sugeriu.

O vereador Natalini adiantou que solicitará essa reunião. Vou falar com o presidente da comissão (de Meio Ambiente, vereador Aurélio Nomura) para marcar uma reunião com o secretário de governo (Donato) e todos os envolvidos para ver como vamos resolver essa situação, disse.

(22/10/2013 14h29 – Atualizado às 18h)

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