Repórter do Futuro discute risco a jornalistas

NH Photos/Nivaldo Silva
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Desconfiar sempre da informação recebida e apurar a veracidade dela. Foram essas algumas das dicas que Guilherme Alpendre, secretário-executivo na Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), deu aos estudantes do projeto Repórter do Futuro, que teve o Encontro de Apresentação e Orientação realizado no sábado (22/2), na Câmara Municipal de São Paulo. Na ocasião, também discutiu-se as agressões sofridas por profissionais de imprensa, e a morte do cingerafista da TV Bandeirantes, na cobertura das manifestações públicas pelo Brasil. 

Alpendre, que também é uns dos coordenadores do curso, apresentou o trabalho desenvolvido pela Abraji e destacou o levantamento de profissionais da imprensa agredidos durante protestos de rua em todo o Brasil. Foram consideradas as prisões arbitrárias, os ataques deliberados de manifestantes e policiais, e os episódios de hostilidade que prejudicaram a cobertura da mídia. De acordo com os dados coletados, foram 119 casos registrados entre junho de 2013 e fevereiro de 2014.

A Abraji olha minuciosamente cada situação. Em 2014, o Brasil está sendo apontado como o país mais perigoso do mundo para se trabalhar como repórter devido ao número de mortes desses profissionais, que já somam cinco. Será que podemos afirmar isso mesmo?

O primeiro dia do Descobrir São Paulo Descobrir-se Repórter, um dos módulos do projeto Repórter do Futuro,  teve como objetivo apresentar o curso detalhadamente aos participantes, que também receberam materiais de apoio e orientações gerais. Presente no encontro, a estudante da Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM) Isabella Feitosa, 24 anos, acredita que o curso pode dar ferramentas para a produção de reportagens. Segundo ela, a faculdade não tem oferecido isso porque as disciplinas são mais teóricas.

Assim como Isabella, o estudante Bruno Lima, da Universidade de Guarulhos, tem expectativa positiva. Quero conhecer São Paulo melhor, diz o estudante, que mora em Santa Isabel, cidade do interior paulista. Lima não é o único que vive fora da capital e, segundo o coordenador do Descobrir São Paulo Descobrir-se Repórter e diretor-executivo da Escola do Parlamento da Câmara, Milton Bellintani, o número de alunos nessa situação vem crescendo ano a ano. Isso mostra que hoje existe um grande apelo por cursos de complementação na formação de jornalista.

O curso

A 7ª edição do módulo Descobrir São Paulo Descobrir-se Repórter abordará temas como o novo Plano Diretor Estratégico, segurança pública, mobilidade urbana, participação cidadã, habitação, saúde e inclusão de pessoas com deficiência. De acordo com Bellintani, além das temáticas trabalhadas nos anos anteriores, neste ano foram incorporados os assuntos que mais mobilizaram o paulistano em 2013, como o transporte, a violência e as manifestações de rua.

O curso é uma realização da Escola do Parlamento da Câmara em parceria com a OBORÉ Projetos Especiais em Comunicações e Artes e com a Abraji. (Rafael Carneiro da Cunha)

(24/2/2014 – 12h37)

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