São Paulo deve capacitar moradores de rua para a Copa

A situação de moradores de rua em São Paulo poderá ser alterada com a realização da Copa do Mundo. A possibilidade de capacitar estas pessoas para trabalhos durante o mundial de futebol foi discutida, nesta segunda na Câmara Municipal. O Executivo vê o evento como uma grande oportunidade e pretende capacitá-los para que trabalhem durante a realização da Copa e também estejam preparados para outras oportunidades. Algumas empresas já começaram a se mobilizar e pretendem contribuir para a mudança neste panorama social da capital paulista.

Segundo a assessora especial da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos, Luana Cruz Bottini, a Prefeitura quer ajudar na empregabilidade. Os diálogos com o Comitê da Copa e com a Fifa Fun Fest começaram para sabermos que tipo de profissionais eles precisarão para ajudar na realização do evento. E, a partir daí, vamos desenhar os cursos com o Senac para capacitar essas pessoas, adiantou.

Os empresários também estão sendo procurados pelo prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), para que também ofereçam oportunidades para pessoas em situação de rua. A Prefeitura também está conversando com os empresários para que eles abram vagas para que essas pessoas sejam contratadas e possam mostrar seu potencial, destacou.

É o que já faz a importadora e exportadora Pro Gard. A empresa emprega pessoas em situação de rua e ainda oferece capacitação técnica. Nós prestamos também serviços de ecolavagem e, por meio dessa atividade, as pessoas podem ter renda digna e ainda trabalharem os princípios de cidadania, ecologia, sustentabilidade e empreendedorismo, já que vamos capacitando todos que estão trabalhando para que eles cheguem a ter seu próprio empreendimento, disse o sócio-proprietário, Renato Ikeda.

O projeto da Prefeitura de capacitar é visto como importante pelo presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, Robson Mendonça. O caminho para o resgate da dignidade é o trabalho. Porque não adianta o governo só pensar em habitação, se essa pessoa não tiver um emprego, uma fonte de renda, afirmou.

Para o vereador Floriano Pesaro (PSDB), um dos organizadores do debate desta segunda-feira (17/6), é fundamental que o poder público fique atento à situação dessas pessoas, principalmente durante os grandes eventos, mas há a necessidade de políticas pontuais. Sabemos que existem crianças e adultos que podem ser contratados para trabalho semelhante ao escravo e também pode haver casos de exploração sexual.  E, por enquanto, não vejo políticas públicas para moradores em situação de rua, aliás o número de pessoas aumenta cada vez mais, sinalizou. Precisamos ir para as ruas e analisar a situação, para pensarmos em ações de acolhimento e encaminhamento dessas pessoas para o mercado de trabalho, acrescentou.

 (17/6/2013 – 13h40)

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