Na oficina de elaboração de propostas para a revisão do Plano Diretor, realizadas na região central de São Paulo, Subprefeitura de Pinheiros e Sé, a população pediu prioridade para que cidade seja pensada de forma mais inclusiva, e com maiores mecanismos de controle social.

A gestão tem que parar de ser pautada pelo poder econômico e mercado imobiliário. E tem de ser pautada pela comunidade. Então, essa é uma grande virada de mesa, que eu não sei exatamente como fazer isso, mas nós temos de criar mecanismos de controle da população, com poder de veto, para que essa gestão seja mais democrática, ressaltou, no encontro de sábado (27/7), Lucila Lacreta, do Movimento Defenda São Paulo.

Dar vida ao centro expandido, com a integração de moradia, comércio e mobilidade são pedidos latentes para o local. “Um bairro que seja de uso misto, mas que o dimensionamento desse bairro seja dado pelo pedestre e não pelo automóvel, comentou o arquiteto Fernando Roque.

Para os presentes, a região de Pinheiros carece de investimento emergenciais em sua malha urbana, enquanto todas as obras do Metrô não ficam  prontas. – “A cidade tem de viver enquanto isso. VLT, corredores de ônibus e faixas exclusivas nos permite desafogar o trânsito nesse médio prazo”, disse o Subprefeito de Pinheiros Angelo Filardo.

Crescimento

Outra preocupação é sobre o desenvolvimento da região com os investimentos futuros. Para o vereador José Police Neto (PSD), com a chegada do metrô, como se redesenha o território pra que todo esse investimento público volte para o cidadão, em especial para quem mais mora longe desse investimento. De acordo com o parlamentar o desafio é saber como Pinheiros contribui para o desenvolvimento de toda a cidade.

Sé

O debate da revisão do PDE também foi feito por moradores do centro e representantes da Subprefeitura da Sé. A arquiteta Silvia Ammar, apontou a questão de moradia como uma das principais demandas. “Para nós do centro há uma questão importante que é a habitação. Povoar a área central para favorecer a multiplicidade de usos”

“São Paulo é uma cidade com muitos interesses, muito complexa. Tem aqueles com interesses econômicos, imobiliários, tem os moradores, o caráter ambiental, cultural. A cidade tem patrimônios importantes. Então o grande desafio é atender e dar respostas a todas essas visões”, acredita o vereador Nabil Bunduki (PT)

(29/7/2013 – 11h47)