Mozart Gomes/CMSP
A inserção definitiva da bicicleta como meio de transporte na cidade de São Paulo teve destaque nesta quarta-feira durante balanço realizado pela Secretaria de Transportes à Comissão de Meio Ambiente da Câmara. Representantes da pasta explicaram os avanços nesse sentido, e justificaram as diferentes iniciativas adotadas para aumentar o número de ciclistas no município.
O chefe de gabinete da Secretaria, André Castro Souza, explicou que o primeiro movimento foi em direção de uma mudança de cultura da população. Precisamos desenvolver um instrumento para isso, e criamos a ciclofaixa de lazer. Para nós, ela é meio, não fim, argumentou.
Segundo Souza, cerca de 140 mil pessoas pedalam pelas ciclofaixas aos domingos. Essas pessoas utilizam o carro durante a semana, mas a partir dessa experiência passam a ter mais cuidado. O resultado foi que, mesmo com o aumento exponencial de ciclistas, houve queda no número de atropelamentos, disse, defendendo também o equipamento público como forma de as pessoas se apropriarem novamente da cidade.
O diretor de Planejamento da Secretaria de Transportes, Irineu Gnecco Filho, completou a fala do chefe de gabinete explicando o restante dos 215 quilômetros de malha cicloviária paulistana, composta também por ciclovias e rotas de bicicletas.
A elaboração de rotas compartilhadas em vias locais e coletoras, segundo Gnecco Filho, foi um dos progressos da atual gestão. Atualmente são 58 quilômetros em bairros considerados estratégicos pela Secretaria, que tiveram caminhos demarcados com placas e pinturas no chão que indicam o uso da via por ciclistas. O Brooklyn é a região com mais rotas, somando 15 quilômetros.
O diretor de Planejamento ressaltou ainda que os trabalhos da pasta têm sido executados com colaboração da sociedade civil organizada, e que as primeiras experiências já fizeram com que os paulistanos passassem a pedir a expansão da malha. Temos um portfólio de mais de 800 quilômetros de solicitações, afirmou.
METRÔ
O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Gilberto Natalini (PV), questionou a Secretaria de Transportes sobre a parceria com o Governo do Estado na construção do Metrô, lembrando que o modal é o preferido dos paulistanos e apontado por muitos como a solução mais adequada para a mobilidade.
Gnecco Filho concordou com a necessidade de expandir as linhas, porém avaliou como audaciosa a meta estipulada pelo Executivo estadual até 2030. O Metrô constrói menos de dois quilômetros por ano, e precisa aumentar para algo entre oito e 10, observou. Para o diretor, enquanto isso, a cidade deve investir em corredores de ônibus, além de participar mais ativamente do planejamento das linhas.
(7/11/2012 – 12h55)
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