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A Câmara Municipal de São Paulo (CMSP) realizou nesta sexta-feira a abertura do seminário “A Dança Se move”, evento que tem por objetivo debater o atual estágio das políticas públicas existentes voltadas para o setor nas esferas municipal, estadual e federal. Com duração de dois dias, o evento terá seus participantes se debruçando sobre o processo de criação da lei que institui o Programa Municipal de Fomento à Dança e promovendo debates sobre a elaboração de novos programas para esse setor da cultura.

O vereador José Américo (PT) criticou o atual estágio de desenvolvimento das políticas de cultura na cidade. Não há um debate sobre cultura na Câmara ou no governo municipal. Há muita preocupação só com o espetáculo, o evento, mas faltam políticas avançadas, políticas de fomento da dança e do teatro. É preciso criar alternativas a essas políticas de incentivo, em que o Estado entrega para a iniciativa privada escolher o que será incentivado ou não, disse.

Participaram do seminário representantes da FUNARTE, do Ministério da Cultura, do Movimento Mobilização Dança, da Cooperativa de Dança e de diversos outros grupos e companhias do setor.

Temos de questionar a incompatibilidade entre a produção artística e as políticas públicas na cidade de São Paulo. Tem de haver novos programas, novos editais que atendam a nossa demanda por pesquisa, criação e fruição do movimento, disse Sandro Borelli, diretor da Cooperativa de Dança.

Nunca tivemos, nem nos governos do PT, uma preocupação séria com isso. Há déficit de investimento. Não conseguimos avançar, não tivemos políticas. Tem que ser algo articulado, de longo prazo, pensado de maneira estratégica. Para que o fomento ajude a estruturar o setor artístico na cidade, sem o viés paternalista, completou o vereador.

(27/05/2011 21h30)