RenattodSousa / CMSP
Representantes do Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis,Bares e Restaurantes em São Paulo) explicaram nesta quinta-feira quais são as principais ações desenvolvidas pela categoria para prevenir a exploração sexual infantil na capital paulista. Os projetos realizados foram apresentados aos vereadores da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Exploração Sexual Infantil – instalada na Câmara Municipal para investigar violência contra menores, nesta quinta-feira.
De acordo com o advogado da Sinthoresp, Alan de Carvalho, o sindicato tem promovido a capacitação dos profissionais para que eles saibam identificar casos de exploração infantil. “Em São Paulo, estamos orientando os trabalhadores e empregadores para que eles saibam que um eventual lucro desse tipo de ação é crime e que eles devem fazer a denúncia. Além disso, distribuímos 300 mil cartazes com mensagem alusiva ao combate ao trabalho infantil e exploração sexual para que sejam fixados nos estabelecimentos”, sinalizou. A Sinthoresp também criou neste ano um telefone (0800 770 5698) para que a população esclareça dúvidas e possa fazer denúncias. “O número é disponível para toda sociedade e quem souber algo sobre esse tipo de crime, deve nos ligar para que o Sindicato tome as medidas necessárias”, acrescentou.
A relatora da CPI, vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), elogiou a iniciativa do Sinthoresp. “O sindicato está fazendo um trabalho de capacitação para todos os funcionários da rede e esse trabalho de sensibilização é fundamental para que o trabalhador tenha um olhar diferenciado e saiba identificar situações em que menores estão sendo explorados sexualmente”, declarou.
Durante os depoimentos, o coordenador operacional do Programa ViraVida, do Sesi, Victor Hugo Andrade Santos afirmou que 3.800 jovens entre 16 e 21 anos que sofreram algum tipo de violência foram capacitados e inseridos no mercado de trabalho. “O projeto existe em 22 estados e tem como objetivo acolher esses adolescentes que estão vulneráveis, ajudando-os a recuperar a autoestima”, disse. O projeto ajuda 45 jovens da capital paulista.
O trabalho do ViraVida, de acordo com Patrícia, auxilia ações como as desenvolvidas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares e Restaurantes em São Paulo. “O projeto do Sesi vem dar as mãos com iniciativas como a do Sinthoresp, já que ao capacitar aos jovens, permite que eles recuperem a autoestima e tenham novas expectativas. Além disso, muitos adolescentes não sabem que estão sendo explorados sexualmente porque acreditam que aquela é a única forma de trabalho. No entanto, o trabalho do ViraVida ajuda os jovens a terem um novo conceito de trabalho”, disse.
(21/11/2013 17h41)
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