A proximidade entre os 39 municípios da Região Metropolitana faz com que eles já não tenham limites entre si, conforme lembrou o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto, e assim o problema de uma cidade acaba se refletindo na vizinhança. É nesse contexto de integração que o Parlamento Metropolitano promete ser um importante espaço para a busca conjunta de resultados, gerando benefícios para os mais de 20 milhões de moradores da região.

Abaixo, os municípios membros do novo Parlamento listam alguns dos principais entraves para seu desenvolvimento, na expectativa de que a união de esforços alcance os objetivos desejados.

Região ABCDMRR: meta é aprimorar transporte intermunicipal

Formada pelos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Mauá e Diadema, a Região do Grande ABC está interligada e, diante desse contexto, não pode mais resolver seus problemas de maneira individual. Essa é a opinião do presidente da Câmara Municipal de São Bernardo e representante da região, vereador Hiroyuki Minami.

“Com o Parlamento Metropolitano poderemos pensar em soluções para o transporte coletivo. É fundamental que o cidadão tenha fácil acesso para onde deseja ir, e ainda há muito a ser melhorado nesse sentido”, disse Minami.

Região Oeste: cidades querem redução das tarifas de pedágio

Os municípios do Oeste são cortados por algumas das principais vias do país, como Rodoanel e Rodovias Castello Branco e Raposo Tavares, e as altas tarifas de pedágio são apontadas pelo presidente da Câmara Municipal de Carapicuíba, Alexandre Pimentel, como entrave para o desenvolvimento da região.

“Com o Parlamento Metropolitano trabalharemos nossas principais dificuldades. Os altíssimos valores cobrados nos pedágios serão discutidos, assim como a poluição do Rio Tietê, que também traz muitos transtornos para todos”, declarou Pimentel.

Região Sul: destinação do lixo é gargalo

Imagine percorrer 300 quilômetros para conseguir se desfazer do lixo produzido. Na Região Sul, a destinação de resíduos aparece como principal gargalo dos municípios.

“Não temos nenhuma indústria que recicle o nosso lixo e precisamos gastar muito para transportá-lo. E para trazer uma usina de reciclagem é preciso um alto investimento. Com o Parlamento Metropolitano, esperamos que seja mais fácil conseguir apoio dos governos estadual e federal para a concretização deste projeto”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Taboão da Serra e representante da Região Sul, vereador José Macário dos Santos Filho.

Região Norte: transporte é o principal problema

Transporte coletivo e saneamento aparecem como principais problemas nas cidades de Mairiporã, Cajamar, Francisco Morato, Caieiras e Franco da Rocha, que fazem parte da Região Norte da Grande São Paulo.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Mairiporã e representante da região, Eduardo Pereira dos Santos, com o Parlamento Metropolitano o assunto poderá ser mais facilmente resolvido. “A intenção é diminuir o tempo de espera entre um trem e outro e também investir mais na qualidade das estações. Estamos muito felizes com a concretização do Parlamento, e com certeza essa união facilitará a busca de uma solução para os problemas”, explicou o vereador.   

Região do Alto Tietê: cidades pedem investimentos na saúde

Os moradores da Região do Alto Tietê sofrem com problemas na área da saúde. Com a criação do Parlamento Metropolitano, a expectativa é que mais recursos sejam destinados para esses municípios e, com isso, os problemas sejam minimizados.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, vereador Mauro Luiz, até uma clínica para dependentes químicos foi prometida, mas o governo cancelou o projeto. “Não temos unidades básicas de saúde para todos e precisamos de mais investimentos. Com a ajuda de mais parlamentares, esperamos que esses problemas sejam resolvidos. Queremos apresentar soluções para melhorar a qualidade de vida da população”, declarou Luiz.

(09/05/2011 – 16h04) 

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