Vereadores acertam detalhes da formalização do ParlaMet

Marcelo Ximenez/CMSP

Representantes das Câmaras Municipais da Região Metropolitana de São Paulo realizaram nesta segunda-feira (25/04) a última reunião antes do lançamento oficial do Parlamento Metropolitano (ParlaMet), no dia 9 de maio.

Além da discussão de diretrizes do programa, o encontro de hoje formalizou a adesão de Poá e Mogi das Cruzes ao termo de cooperação técnica que dará vida ao Parlamento, agora reunindo 38 municípios. Vereadores de ambas as cidades ressaltaram as diferentes realidades das regiões contempladas pelo ParlaMet, porém apostam na iniciativa como mecanismo de mudança efetiva e conciliação dos interesses.

“Precisamos colher reivindicações em cada município para compor o Parlamento Metropolitano”, afirmou Deneval Dias do Nascimento (PRB), presidente da Câmara de Poá.

Como resultado da reunião, os vereadores irão formalizar uma Moção de Apoio à organização horizontal das casas legislativas municipais, manifestando politicamente o que já está acertado no campo administrativo.

Mananciais e resíduos sólidos
O presidente da Câmara de Mogi das Cruzes, Mauro Luis Claudino de Araújo (PSDB), apresentou na reunião desta segunda-feira problemas ligados ao uso e ocupação do solo, importantes áreas de atuação do Parlamento Metropolitano no Alto Tietê, na sua opinião.

Segundo Mauro, há em Mogi a preocupação com relação aos aterros sanitários e o medo de que a região passe a receber o lixo da cidade de São Paulo. Isso, afirma o vereador, precisa ser esclarecido antes que a população tenha uma reação negativa ao ParlaMet.

Para o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto, questões como essa precisam ser resolvidas com diálogo. Sempre a pressão de São Paulo sobre as outras cidades é maior. No caso do lixo, é importante trabalhar tanto o nível de controle sócio-ambiental nas regiões de aterros quanto maneiras de compensar isso, inclusive no curso da deposição.

O vereador de Mogi das Cruzes também levou aos colegas demandas do Alto Tietê em relação às áreas de mananciais. Mauro afirma que algumas cidades da região não conseguem se desenvolver por serem as principais fornecedoras de água para a cidade de São Paulo. Algumas, segundo ele, chegam a ter 90% de seu território em áreas preservadas.

Segundo Police Neto, uma das principais tarefas do ParlaMet será a de descentralizar a riqueza. O cidadão não enxerga divisão de municípios. Ele precisa que os lugares em que ele mora e trabalha sejam bons.

Dimensões
O Parlamento Metropolitano reunirá 547 vereadores, somando as 39 Câmaras Municipais. Ele representará uma área de 7.943 km², onde vivem aproximadamente 20 milhões de pessoas.

O PIB da região é de R$ 572 bilhões, o que corresponde a 57,7% do total do Estado, e 18,8% do PIB nacional.

(25/04/2011 – 13h15)

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