Grupo de articulação para moradia do idoso se reúne na Câmara Municipal

Luiz França/CMSP

Grupo discutiu na Câmara soluções de habitação para idosos

DA REDAÇÃO

O Garmic (Grupo de Articulação para Moradia do Idoso da Capital) se reuniu nesta quinta-feira (15/2), no auditório Prestes Maia da Câmara Municipal de São Paulo, para debater políticas para idosos e a luta por moradia.

Criado em 1997, o primeiro projeto do grupo, chamado Vila dos Idosos, foi consolidado após dez anos, em 2007. Localizada no bairro do Pari, centro de São Paulo, a Vila tem como objetivo oferecer moradia digna para a terceira idade.

Olga Luisa León Quiroga, coordenadora-geral do Garmic, abriu a reunião falando sobre a importância do projeto no município. “A gente luta pra conseguir moradia para os idosos de baixa renda, em especial aqueles que moram em cortiços, favelas e albergues, além de muitos que conseguimos tirar da rua. Então, é muito significativo. É é uma população que estava abandonada”, conta.

Mantida pela prefeitura de São Paulo, a casa possui 145 apartamentos – 55 para casados e 90 para sozinhos. Os aposentados que recebem até três salários mínimos pagam como aluguel o equivalente a 10% de sua renda, além de uma taxa condominial no valor de R$ 35.

A coordenadora afirma que devido à média de aluguel na cidade, o idoso encontra dificuldade de se manter e, grande parte, acaba nas ruas. “Um idoso aposentado ganha um salário mínimo, sendo que a maior parte vai para o aluguel. O que sobra desse valor  é para comer, se vestir e comprar remédios. Com  as pequenas taxas cobradas na Vila, sobra dinheiro para qualidade de vida”, explica.

Atualmente, 200 idosos residem no local, com apoio de assistência médica e acompanhamento de assistentes sociais. Mas, com a grande demanda, o propósito do grupo é multiplicar o modelo em outras regiões da cidade.

Luiz França/CMSP

Girlandia Santana

Para Girlandia Santana, funcionária do Centro de Acolhida para Idosos no Brás, as reuniões fortalecem a busca por apoio. “Se não tiver essa luta para se organizar e debater sobre como vamos conquistar moradia para os idosos, nada vai acontecer. Só a pressão da população que faz o Poder Público se movimentar e oferecer moradia de qualidade”.

Antônio Alexandre de Andrade, morador do abrigo há um ano, conta como o projeto o ajudou na construção de sua independência. “Eu sou viúvo, tenho filhos, mas não gosto de morar com eles por conta da dependência. Eu sei da minha capacidade e onde quero chegar. Um projeto como esse possibilita a minha autonomia”, diz.

Luiz França/CMSP

Antônio Alexandre

“É importante que os encontros aconteçam dentro da Câmara porque, além de ser Casa do Povo e ter um fácil acesso, aqui é o local onde o grupo consegue desenvolver sua política acompanhando de perto a Comissão do Idoso, o orçamento da cidade, além de fazer pressão para a criação de Projetos de Lei (PLs)”, disse a vereadora Juliana Cardoso (PT) , que cedeu o espaço da Câmara para o Garmic.

Este é um espaço de livre manifestação. É dedicado apenas para comentários e opiniões sobre as matérias do Portal da Câmara. Sua contribuição será registrada desde que esteja em acordo com nossas regras de boa convivência digital e políticas de privacidade.

Nesse espaço não há respostas - somente comentários. Em caso de dúvidas, reclamações ou manifestações que necessitem de resposta clique aqui e fale com a Ouvidoria da Câmara Municipal de São Paulo.

 Deixe o seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também