Projeto que proíbe a fabricação e comercialização de fogos é discutido na Câmara

Luiz França/CMSP

A Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente se reuniu nesta quinta-feira na Câmara

KÁTIA KAZEDANI
DA REDAÇÃO

A população defendeu nesta quinta-feira (8/3) a aprovação do Projeto de Lei (PL) 97/2017, de autoria de vários vereadores, que proíbe a fabricação, comercialização e utilização de fogos de estampidos e de artifício. Durante Audiência Pública realizada pela Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente, os participantes disseram que a medida beneficia animais de estimação e silvestre, além da população em geral.

De acordo com a proposta, a proibição vale para recintos fechados, abertos, áreas públicas e locais privados. O descumprimento da regra acarretará ao infrator multa de R$ 2 mil – valor que será dobrado na primeira reincidência e quadruplicado a partir da segunda.

Para o empresário Rogério Nagai, é fundamental que a Câmara aprove esse Projeto. Ele é autor de uma petição pública que contou com mais de 48 mil assinaturas a favor da proibição da fabricação de fogos de artifício.

“Pensei no abaixo-assinado inicialmente por conta do medo que os animais de estimação e silvestres têm. No entanto, comecei a ser procurado por familiares de autistas. Eles me contaram que o barulho traz um estresse grande a essas pessoas”, disse.

O coautor do Projeto, vereador Reginaldo Tripoli (PV), espera que a Câmara aprove a proposta. “Sabemos que muitas pessoas e animais de estimação e silvestres sofrem com esse barulho. Por iss, vou trabalhar para que a proposta tramite logo pelas Comissões e vá para votação”.

O Projeto de Lei 605/2016, da vereadora Edir Sales (PSD), foi mais uma das propostas discutidas em Audiência Pública. A medida autoriza a condução de animais no transporte coletivo em qualquer dia e horário. Atualmente, eles podem ser transportados apenas das 10h às 16h.

A ativista Simone Regina Gatto defendeu o Projeto. “Os animais não escolhem o horário que precisarão ir ao veterinário. Para ir com os meus animais para consulta, preciso levá-los escondidos. Eles devem andar com dignidade e respeito no transporte público”.

O empresário Nagai concordou. “Esse é um Projeto de extrema importância porque beneficia os animais e seus tutores”, disse. 

Parque

A criação do Parque Municipal Cruz Vermelha – no quadrilátero formado pelas avenidas Moreira Guimarães, Jandira e Aratãs e a Alameda dos Araés –, na subprefeitura da Vila Mariana, dividiu os participantes da Audiência Pública.

Para algumas pessoas, o Projeto de Lei 703/2015, do vereador Natalini (PV), prejudicará a região. “O Planalto Paulista tem parques próximos e não precisa de mais. O que queremos é a revitalização do nosso bairro, segurança e emprego”, disse a presidente da Associação dos Moradores, Comerciantes e Profissionais Liberais do Planalto Paulista, Angela Rabay.

O professor Nelson Bertarello discordou. “A criação desse parque ajudará na preservação ambiental e ecológica da cidade. O espaço ainda é importante para absorver a água da chuva. Se for construído um shopping como querem, vamos ter inundações”.

O presidente da Comissão, vereador Toninho Paiva (PR), considerou importante a Audiência Pública realizada. “A construção de um parque é importante para a cidade. No entanto, a cidade não consegue manter os que já têm. É preciso discutir o assunto. Em relação aos fogos, é fundamental pensar que pessoas e animais são prejudicados com o barulho. Vamos fazer uma Audiência Pública para discutir melhor esse tema”.

Uma Contribuição

Ricardo

Concordo com a colocação da Angela Rabay , moro no Planalto Paulista e ja somos ven servidos com os parques ba região , o que estamos precisando é dinamizar e modernizar nosso bairro gerando mais comercio e emprego ba região.Abraço.

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