Retrato sobre a situação da transparência de dados públicos é debatido na Câmara

André Moura/CMSP

Lançamento do Índice de Dados Abertos para cidades 2018

MARCO ANTONIO CALEJO
DA REDAÇÃO

O Plenário da Câmara abriu espaço para um debate importante na tarde desta terça feira (8/5). Pela segunda vez, a cidade de São Paulo foi avaliada pela Open Knowledge Brasil, uma organização sem fins lucrativos que trabalha e estuda a abertura de dados públicos de municípios do mundo inteiro.O estudo foi feito em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas).

“Às vezes, os dados públicos são ininteligíveis para a população, mas a produção de conhecimento a partir destes dados é o mais importante”, afirmou a Diretora Executiva da Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo, Ilza Valéria Moreira Jorge, uma das mediadoras do encontro.

O vereador Police Neto (PSD) também fez parte da mesa de debate. De acordo com o parlamentar, o trabalho em parceria com a Open Brasil começou em 2011, quando foi iniciada a discussão para a abertura de dados. Atualmente estes índices estão sendo avaliados e aproveitados para divulgar conhecimento, pesquisas e controle das políticas públicas.

“Hoje, um exemplo claro é o Pátio Digital. É uma inovação com um pouco mais de um ano dentro da Secretaria de Educação que já começa a mostrar um novo modelo de governança pública, utilizando tecnologia como ferramenta de melhoria para entregar serviços de educação para a população em São Paulo”, disse.

O secretário da Educação, Alexandre Schneider, falou sobre o trabalho realizado pela pasta. Segundo ele, o Pátio Digital foi lançado em abril do ano passado e, apesar do pouco tempo, foi reconhecido internacionalmente.

“O Pátio Digital trabalha com a transparência ativa, inovação, colaboração e criação de soluções para problemas públicos – tudo em código aberto. Muito em breve nós devemos lançar um edital para que centros de pesquisas e universidades usem nossos dados abertos para ajudar a secretaria a resolver questões relacionadas à educação em São Paulo”, explicou o secretário.

Os dados abertos nada mais são do que a transparência de todos os assuntos ligados a uma gestão municipal como, por exemplo, os gastos públicos. Neste ano, a Open Brasil mapeou 8 cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Natal, Uberlândia, Belo Horizonte).

O Diretor da Open Brasil, Ariel Kogan, disse que “muitas vezes, não se trata apenas de abrir o banco de dados, mas também de dar a oportunidade de fazer a população entender o que significa esse dado e poder fazer o uso dele no dia a dia, tanto para o controle social quanto para a elaboração de políticas públicas”.

Para o pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, Wagner Oliveira, a ideia do estudo é mostrar qual é a realidade dos dados abertos e os principais desafios. Entre os municípios pesquisados, a cidade de São Paulo está em primeiro lugar do ranking, com 84%. Das 17 bases de dados, 8 receberam avaliação máxima.

Wagner destacou os desafios que precisam ser melhorados na capital paulista. “Os dois principais gargalos encontrados foram em qualidade do ar, que tem um dado de acesso restrito, e o registro de empresas, que não é possível ter uma listagem das empresas registradas no município”, disse.

Para obter a publicação lançada hoje na Câmara (Índice de Dados Abertos para as cidades 2018) é só clicar aqui.

Este é um espaço de livre manifestação. É dedicado apenas para comentários e opiniões sobre as matérias do Portal da Câmara. Sua contribuição será registrada desde que esteja em acordo com nossas regras de boa convivência digital e políticas de privacidade.

Nesse espaço não há respostas - somente comentários. Em caso de dúvidas, reclamações ou manifestações que necessitem de resposta clique aqui e fale com a Ouvidoria da Câmara Municipal de São Paulo.

 Deixe o seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também